Brasil se candidata à presidência do Codex Alimentarius pela 1ª vez

País participa da comissão desde a década de 1960 e tenta emplacar o seu primeiro presidente na eleição de julho

Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Agricultura Blairo Maggi oficializou a candidatura brasileira à presidência da Comissão do Codex Alimentarius (CAC), com a indicação do fiscal federal agropecuário e médico veterinário Guilherme Antonio da Costa Jr. A ação é histórica, já que o Brasil nunca indicou um nome para o cargo.

Criada em 1963 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o CAC é reconhecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC) como referência internacional para a solução de disputas sobre inocuidade alimentar e proteção da saúde do consumidor.

A entidade trabalha em temas relacionados à rotulagem de alimentos, higiene alimentar, aditivos alimentares, resíduos de pesticidas e procedimentos de avaliação da inocuidade de alimentos derivados da biotecnologia moderna, entre outros. Além disso, emite orientações para o tratamento de sistemas de inspeção e certificação oficiais na importação e exportação de alimentos.

Apesar de não demonstrar interesse pela liderança da organização, o governo brasileiro participa desde 1968 de diferentes fóruns do Codex e Guilherme Antonio já atua, desde 2014, como um dos vice-presidentes da comissão.

Além de suas atribuições na comissão, Guilherme desenvolve atividades no Departamento de Negociações Não Tarifárias da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura.

A eleição ocorrerá na 40ª Reunião da Comissão do Codex Alimentarius, prevista para o período de 3 a 7 de julho de 2017, em Genebra (Suíça). O Codex conta com 187 países participantes.