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BC vê Brasil crescendo menos neste ano

Instituição também piora projeção de inflação em 2014 e 2015O Banco Central (BC) reduziu sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2014 a 0,2%, ante 0,7%, ao mesmo tempo em que piorou sua visão sobre a inflação neste e no próximo ano, ainda mais próxima do teto da meta oficial.

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta terça, dia 23, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial do país, subirá 6,4% neste ano pelo cenário de referência, acima dos 6,3% previstos anteriormente.

A meta é de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais (pp) para mais ou menos. O indicador tem permanecido acima do teto em 12 meses, como em novembro, quando atingiu 6,56%.

Para 2015, o BC vê agora alta de 6,1% do IPCA, acima da estimativa anterior de 5,8%. Em 2016, os preços devem subir 5%.

A piora dos cenários de inflação neste ano e no próximo reforça que a política monetária continuará apertada por algum tempo.

– Ele (BC) deu o tom um pouco mais agressivo para política monetária – avaliou a economista e sócia da consultoria Tendências, Alessandra Ribeiro, que vê que a taxa básica de juros subindo a 12,50%, acima dos 12,25% que ela esperava até então.

Para conter a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deu início a um novo ciclo de aperto monetário em outubro, quando elevou a taxa Selic em 0,25 pp, para 11,25%. No começo de dezembro, o Copom acelerou o aperto, aumentando o juro em 0,50 pp, para 11,75%.

No relatório de inflação, o BC destacou que, “em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação… persistam no horizonte relevante para a política monetária”.

– Nesse sentido, o comitê irá fazer o que for necessário para que no próximo ano a inflação entre em longo período de declínio, que a levará à meta de 4,5% em 2016 – acrescentou a autoridade monetária.

No relatório, o BC informou ainda que “não descarta” a inflação no curto prazo subindo mais e que deve permanecer elevada em 2015, mas também vê que no próximo ano ela entrará “em longo período de declínio”.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, já afirmou que a inflação no país atingirá seu pico no primeiro trimestre de 2015. Segundo ele, o cenário mais provável é de que a inflação inicie processo de declínio no segundo trimestre do ano que vem e retorne à trajetória de convergência ao centro da meta até o fim de 2016.

No cenário de referência do relatório de inflação, o BC considerou o dólar constante a R$ 2,55 e a Selic (taxa básica de juros) no patamar atual de 11,75%.

Ainda no cenário de referência, a probabilidade estimada pelo BC de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta se situa em torno de 37% em 2015 e de 15% em 2016.

Câmbio e administrados

O BC repetiu ainda que a inflação continua elevada por causa do câmbio e dos preços administrados. O dólar acumulou alta de quase 15% sobre o real entre setembro e novembro. Na semana passada, a moeda norte-americana se aproximou de R$ 2,80 durante os negócios, maior patamar em quase 10 anos.

Em suas avaliações sobre o cenário de inflação no relatório divulgado nesta manhã, o BC não usou mais a palavra “parcimônia”, como o fez para justificar a alta de 0,50 pp na Selic no início deste mês. A palavra aparece apenas no anexo do documento, que reproduz a ata da última reunião do Copom.

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