Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Brasil e EUA esperam fechar acordo sanitário para carne in natura

A expectativa é aumentar em até US$ 900 milhões as exportações de carne fresca e congelada para os Estados Unidos

Após 17 anos de negociações, Brasil e Estados Unidos estão perto de firmar um acordo sanitário que autoriza o comércio de carne bovina in natura brasileira para os norte-americanos. Segundo especialistas, a expectativa é aumentar em até US$ 900 milhões as exportações de carne fresca e congelada e abrir novos mercados consumidores.

Para a analista da Tendências Consultoria Amaryllis Romano, a iniciativa dos Estados Unidos pode ajudar o Brasil a entrar em outros mercados no futuro. “A gente tem a retomada de negociações bilaterais que estávamos à margem. Além disso, o Brasil tem vocação para exportar carne in natura e esse é um produto que os Estados Unidos, com o selo de qualificação de saúde animal, poderão abrir portas para outros mercados”, disse.

Na visão de César Castro Alves, analista da MBAgro, a entrada do Brasil nos Estados Unidos também facilitará o comércio com países de economia forte. “O Brasil depende dessa abertura para negociar com grandes mercados como Canadá, México e Coreia do sul. A gente pode ter um acesso muito maior em países de renda alta.”

O ingresso da carne brasileira em outros países pode impulsionar a venda de cortes que hoje tem pouca saída no mercado interno, segundo o especialista. “São cortes nobres, principalmente os de traseiro bovino, mesmo no traseiro temos os cortes mais e menos valorizados. Já a Europa, por exemplo, prefere o filé. Então, se a gente conseguisse exportar mais esses produtos que sempre ficaram mais no mercado interno, seria mais saudável para os frigoríficos”, disse.

Para a analista, apesar de ser uma boa vitrine ao produto brasileiro, em curto prazo o efeito tende a ser limitado, já que os americanos impõem cotas para as exportações brasileiras. “Obviamente, a gente vai continuar batendo em algumas questões, mas que não são sanitárias e sim barreiras levantadas para dificultar as nossas exportações”, concluiu Amaryllis.

Sair da versão mobile