Brasil pede à Arábia Saudita que adie mudança de regra de abate halal

Governo brasileiro quer mais 60 dias para que passem a valer os critérios mais rígidos na aplicação de preceitos do islamismo ao processo

Fonte: Cidasc/divulgação

O Ministério da Agricultura solicitou adiamento por mais 60 dias para que passem a valer os critérios mais rígidos exigidos pelo governo da Arábia Saudita para o abate halal, que segue preceitos do islamismo. Além disso, convidou uma delegação para que conheça o processo realizado no Brasil. O pedido foi feito pela delegação brasileira, que está no país para debater este e outros assuntos, em uma comitiva liderada por Eumar Novacki, secretário-executivo da pasta.
 
Em nota, o ministério afirma que o vice-ministro do Ministério da Agricultura saudita, Ahmed bin Saleh Al Ayadah, diz ter interesse em estreitar relações com o Brasil e que, na primeira semana de maio, uma missão técnica virá ao Brasil para habilitação da exportação de bovinos vivos. 
 
Em relação ao abate halal, o ministério brasileiro diz que apresentou um trabalho técnico-científico realizado pela Embrapa, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), explicando que o procedimento usado no Brasil segue rigorosamente os preceitos estabelecidos. 
 
A Arábia Saudita é o principal destino das exportações agropecuárias do Brasil no Oriente Médio. Em 2017, as exportações brasileiras somaram mais de US$ 2,6 bilhões de dólares. O frango é o principal produto, com 591 mil toneladas exportadas, que renderam mais de US$ 1 bilhão.