Brasil e China estão trocando experiências com foco na redução de emissão de gases de efeito estufa, o que pode abrir mercado para o biodiesel brasileiro.
O Brasil produz oito vezes mais biocombustível do que a China, mas está buscando uma tecnologia no país oriental para melhorar a eficiência de produtos como óleo de palma e sebo de boi na conversão para biodiesel.
Segundo a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rejane Rocha, a produção chinesa apresenta diversas vantagens em relação ao processo químico utilizado por aqui.
A parceria entre os dois países abre a possibilidade de o Brasil se tornar no futuro um fornecedor de biodiesel, bioetanol e outros tipos de biocombustível para a China, afirma o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Teixeira. “Espero que possamos importar mais e mais desses produtos, pois a China importa muito petróleo todos os anos de várias partes do mundo”, diz assistente do Centro China-Brasil Jing Zeng.
Com o objetivo de tornar a matriz energética mundial mais sustentável, a Embrapa e outras dez entidades internacionais, como o Instituto Agroflorestal Mundial (Icraf), com sede no Quênia, elaboraram um documento que vai ajudar no debate sobre as mudanças climáticas durante a COP 21 em Paris. A ideia é mostrar quais as tecnologias de bioenergia são mais adequadas de acordo com a realidade de cada país, afirma Teixeira, da Embrapa.