Uma nova frente fria avança sobre a região Sul a partir do fim desta sexta-feira (9). Ela deixará o céu carregado no Rio Grande do Sul, no oeste de Santa Catarina e no sudoeste do Paraná. Ou seja: vai chover. E “chuvas perigosas”.
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“Mesmo que não seja tão volumosa, essa chuva é perigosa, pois ela vem na forma de tempestades, com ventanias, descargas elétricas e, eventualmente, queda de granizo”, alerta Desirée Brandt, meteorologista da Climatempo. De acordo com ela, áreas produtoras podem ser afetadas.
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O Sul, contudo, não será o único a encarar uma frente fria no decorrer dos próximos dias. Para o fim de semana, ela deve avançar em direção à costa do Sudeste. Diferentemente das áreas sulistas, a chuva perderá força, com registros de fracos a moderados somente na faixas leste de São Paulo, sul de Minas Gerais e no estado do Rio de Janeiro.
“O interior do Sudeste, no geral, vai seguir com tempo seco. O que é bastante favorável para as atividades em campo, qualidade das fibras de algodão e secagem natural do milho. Tudo isso favorece o andamento da colheita de diversas áreas produtoras do Sudeste e do Centro-Oeste”, observa Desirée.
Mais ‘chuvas perigosas’ na próxima semana
A partir do fim de domingo, uma área de baixa pressão se formará na altura do Paraná. Dessa forma, mais “chuvas perigosas” estão previstas para ocorrer — e até em pontos fora da região Sul do país, indica a meteorologista.
“Esse sistema pode provocar tempestades, não só no Paraná, mas também no sul de Mato Grosso do Sul”, comenta Desirée. “Há o risco para queda de granizo, o que pode afetar áreas produtoras de milho e de trigo do noroeste paranaense e na metade sul de Mato Grosso do Sul.”
Há, ainda, a previsão para a formação do corredor de umidade ao longo da próxima semana. Ele, contudo, não tende a provocar grandes acumulados em Mato Grosso e Rondônia, por exemplo. Porém, a nebulosidade, episódios de chuva fraca e a mudança na direção dos ventos ajudarão a dispensar um pouco a fumaça do alto número de focos de incêndio que têm ocorrido no interior do país.
Em Mato Grosso do Sul, a previsão indica chuva um mais expressiva, podendo chegar perto de 80 milímetros até o meio da semana que vem. “Essa chuva um pouco mais forte e mais abrangente acaba paralisando os trabalhos em campo, como a colheita do trigo, milho e do algodão, além de algumas áreas produtoras de café e de cana-de-açúcar”.
