Brasília sedia, pela primeira vez, o Campeonato Brasileiro de Marcha. O evento vai até o próximo domingo, dia 17, e deve receber 500 competidores de todo o país, segundo estimativa da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM).
O evento marca o retorno das provas equestres à Granja do Torto. O Distrito Federal se destaca pelo crescimento na criação da raça, com cerca de 19 mil animais. Por ano, o setor de equinos movimenta R$ 200 milhões na economia local.
Para o secretário de Agricultura do Distrito Federal, Argileu Martins, o momento é muito importante porque o governo está revitalizando o parque, que tem 74 hectares, sendo o maior do Brasil. “Percebemos a força do setor: Brasília, de 2003 a 2017, cresceu 187% em número de criadores”, conta.
Itinerante, o campeonato apresenta novidades para o público e participantes: é a primeira edição em que as nacionais de marcha picada e marcha batida são unificadas. “O que diferencia é o diagrama de marchas — a distribuição dos tempos de apoio do cavalo ao se locomover”, explica o árbitro Bruno Lima.
Segundo o diretor-executivo da Escola Nacional de Árbitros, Carlos Sacchi, o mangalarga marchador é uma raça nova, em formação, mas é possível ver o crescimento “tanto em padronização da morfologia quanto na qualidade da marcha e no adestramento do marchador”, diz.