O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, garantindo protagonismo dentro e fora de campo. O país também é o segundo maior mercado consumidor da bebida, que acaba se tornando um combustível para muita gente no dia-dia.
A paixão brasileira pelo cafezinho é capaz de movimentar grandes montantes da agricultura brasileira. Em 2024, são 2,25 milhões de hectares dedicados à cultura do grão, registrando um crescimento de 0,8% em relação ao ano anterior.
De acordo com o pesquisador Enrique Alves, da Embrapa Rondônia, a safra deste ano no País está próxima das 58 milhões de sacas.
“O sul de minas produz muito café e a maior parte do café brasileiro vem dessa região, mas a gente tem o Espírito Santo como uma importante produção de arábica e canéfora também”, conta Alves.
Ainda segundo o especialista, o café arábica domina a produção, com cerca de 70% das áreas, mas os tipos conilon e robusta, da espécie canéfora, vem ganhando cada vez mais destaque por conta do aumento de produtividade.
“Com o mesmo nível tecnológico, a expectativa é que o canéfora tenha o dobro da produtividade”, conta Enrique Alves.
O especialista afirma que a resistência a doenças por parte da espécie canéfora também é maior.
Regiões produtivas
Segundo a Embrapa, o estado de Rondônia tem hoje a maior produtividade média de café no Brasil, com 52 sacas por hectare.
Na Bahia, a produção se concentra em algumas microrregiões e abrangem todas as espécies, mas é no Cerrado mineiro que ela vem despontando com qualidade, representando cerca de 14% da produção nacional. Em 2023 foram produzidas mais de 7 milhões de sacas na região.
De acordo com diretor da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, a área tem em torno de 250 mil hectares de cultivo da espécie arábica.
“O clima, solo, temperatura, pluviosidade e o fator humano também, o conhecimento, contam muito nessa composição do que a gente chama de terroir”, afirma Tarabal.
Ainda segundo o pesquisador da Embrapa, a cultura se adequa tanto para o produtor de nível empresarial, que tem grandes áreas, como para os pequenos.
Os cafés especiais representam uma nova oportunidade para o produtor e dominam 20% do mercado brasileiro. O crescimento acontece devido à eficácia das técnicas aplicadas em campo que evoluem a cada safra no brasil.
Enqunto produtor, Juliano Tarabal acredita que a cafeicultura é uma atividade atraente.
“Nós somos bastante competitivos em tecnologia, em produtividade e temos uma boa gestão de custos”, defende.
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