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Caminhoneiros protestam em SP e RJ contra suspensão de multas

Ministro do STF Luiz Fux anulou resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que fixava pagamento de até R$ 10,5 mil por descumprimento da tabela do frete

Foto: Polícia Rodoviária Federal (PRF)

Caminhoneiros protestaram na madrugada desta segunda-feira, dia 10, em trechos de rodovias em São Paulo e no Rio de Janeiro. A movimentação acontece após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux ter suspendido a aplicação de multas de até R$ 10,5 mil para quem deixar de cumprir a tabela do frete.

No Porto de Santos, cerca de 20 caminhoneiros se concentraram na Avenida Augusto Barata, pista que dá entrada ao porto. De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), não houve bloqueio das vias. “Os motoristas apenas conversavam como os caminhoneiros, sem impedi-los de continuar seu percurso”, disse em nota.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de São Paulo registrou na madrugada desta segunda-feira pontos de manifestação e alguns bloqueios nos km 92, 159 e 162 da Rodovia Dutra. Todos os pontos já foram liberados

Ainda segundo a PRF, durante a mobilização, um caminhão foi apedrejado por cerca de 10 manifestantes no km 162. Não houve feridos.

Foto: Polícia Rodoviária Federal (PRF)

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, a PRF registrou dois pontos de protesto. Durante a madrugada, manifestantes interditaram em ambos os sentidos a BR-116, entre os km 274 e 276, em Barra Mansa, o que gerou congestionamento de aproximadamente 2 km. Os veículos de carga eram obrigados a retornar no sentido São Paulo enquanto o trânsito era liberado para veículos de passeio. Nesta mesma rodovia, houve bloqueio também no km 290, em Porto Real.

No último sábado, o futuro ministro da Cidadania, Osmar Terra, enviou um áudio ao movimento listando razões pelas quais eles não deveriam levar adiante uma paralisação. Ele foi relator, na Câmara, da lei que estabeleceu a política dos preços mínimos de frete. O futuro ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, manifestou apoio ao piso mínimo.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) se posicionou contra a greve de caminhoneiros e reafirmou seu compromisso a favor do livre mercado.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), entidade que participou da greve dos caminhoneiros em maio, ressaltou que está conversando com lideranças do setor sobre o assunto. A Abcam informou ainda que não há o intuito de realizar uma nova paralisação da classe.

Tabela do frete: AGU estuda como reverter decisão que suspendeu multas

 

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