Tratar de segurança pública em um país de proporções continentais, com realidades bastante diferentes, é um desafio para o governo federal. Produtores isolados, com propriedades muitas vezes a quilômetros de qualquer ajuda policial, sofrem rotineiramente com o medo da violência. Roubos e furtos de máquinas, lotes de animais e equipamentos assustam e desmotivam quem se dedica à produção de alimentos.
“Geralmente nós estamos muito distantes do aparato da segurança pública e quando ele se faz presente já é tarde demais e o crime foi praticado”, declarou o diretor do Instituto da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (ICNA), Rodolfo Tavares, em reunião com o governo nesta quinta, dia 11.
Diante desse cenário, Tavares reiterou a importância da inclusão do campo nas discussões do tema. Ele, que também preside a Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do estado do Rio de janeiro (Faerj), defendeu ações de segurança viária nas rodovias brasileiras.
Aproveitando a oportunidade, ele destacou o Observatório da Criminalidade do Campo, criado pela CNA para reunir informações sobre os crimes praticados no campo e fornecer subsídios ao governo para medidas de combate e prevenção à violência no meio rural.
“Temos um compromisso com o produtor brasileiro de expressar essa dificuldade da segurança nas propriedades rurais, nos trajetos das estradas vicinais e nas estradas federais, por onde correm os produtos desses crimes, do abigeato, do roubo, do furto”, revelou.
Participaram do encontro os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marum (Secretaria de Governo), Walter Casimiro (Transportes), Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Renato Dias e representantes do setor produtivo e de transportes.