Ao lado de outros 175 nomes, o cantor Leonardo foi incluído na “Lista Suja” de empregadores que submetem trabalhadores a condições análogas à escravidão, de acordo com atualização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgada nesta segunda-feira (7).
O artista aparece com seu nome de registro, Emival Eterno da Costa, proprietário da Fazenda Talismã, no município de Jussara, em Goiás, a pouco mais de 220 quilômetros da capital Goiânia.
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Outro lado
O advogado de Leonardo, Paulo Vaz, procurado pela reportagem da Repórter Brasil, afirmou que o caso aconteceu em uma área arrendada na Fazenda Lakanka, também pertencente ao artista e contígua à Talismã.
De acordo com ele, a responsabilidade pela contratação dos empregados era do arrendatário. “Tratava-se de uma área arrendada, em que todas essas pessoas tiveram as indenizações pagas e que os processos se encontram arquivado”.
Propriedade autuada
No local, foram encontradas seis pessoas, incluindo um adolescente de 17 anos, em condições consideradas degradantes e insalubres. Os trabalhadores estavam dormindo em uma casa abandonada, com camas improvisadas com tábuas e galões de defensivos agrícolas, sem água potável e nem banheiro.
De acordo com a fiscalização, realizada em novembro de 2023 e que só veio a público agora com a divulgação da lista, o local estava infestado de insetos e morcegos, além de exalar um “odor forte e fétido”.
A fazenda do cantor Leonardo é avaliada em R$ 60 milhões, conta com uma mansão, piscina, quadras esportivas e quartos no estilo bangalô.