Após suspeita de sintomas de virose em plantas de cacau no sul da Bahia, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a presença do Vírus do Mosaico Moderado do Cacau (CaMMV – Cacao Mild Mosaic Vírus) na maioria das amostras enviadas ao Centro de Pesquisa do Cacau (Cepec).
De acordo com o Mapa, os testes foram realizados no exterior, em laboratório que detém a patente do método de identificação. As plantas coletadas apresentavam sintomas atípicos nas folhas, sugestivos de vírus, mas sem seguir um padrão.
A informação do ministério da agricultura e pecuária destaca ainda que o mesmo vírus já havia sido relatado no extremo sul da Bahia antes dos achados da Ceplac.
Segundo a literatura, a forma de transmissão está associada a insetos como cochonilhas e pulgões, mas também pode ser disseminada pelo uso de material infectado durante a enxertia.
A pasta informou que a primeira medida adotada pela Ceplac, após a confirmação da presença do vírus, foi comunicar oficialmente o Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária, além da Superintendência de Agricultura e Pecuária (SFA) na Bahia e da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia – Adab.
No entanto, é importante destacar que o vírus CaMMV não figura na lista de pragas quarentenárias do Brasil.
Primeiro caso
De acordo com o Mapa, os primeiros achados na literatura são de 1943, no entanto, o conhecimento existente sobre o vírus CaMMV ainda é insuficiente para conclusões.
A Ceplac, junto com parceiros, nacionais e internacionais, está elaborando um projeto de pesquisa com o objetivo de monitorar a ocorrência do vírus no Brasil, implementar métodos de diagnóstico, e conhecer melhor os sintomas e possíveis impactos na produção.
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