Com 39 integrantes, a chapa 2 – Unindo o Brasil, formada em sua maioria por deputados da oposição e dissidentes da base aliada, venceu nesta terça, dia 8, a votação para compor a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
A chapa recebeu 272 votos, enquanto a chapa 1, formada por deputados indicados pelos líderes da base governista, obteve 199 votos. A votação foi secreta.
A comissão deverá ter 65 membros titulares e 65 suplentes. As vagas remanescentes, que não foram ocupadas pela chapa vencedora, serão preenchidas em nova votação, que deverá ocorrer nesta quarta, dia 9. Faltam escolher 26 deputados titulares e 42 suplentes.
O bloco encabeçado pelo PMDB tem ainda quatro vagas de titulares e 14 de suplentes para serem ocupadas. O bloco liderado pelo PT terá que preencher ainda 15 vagas de titulares e 17 de suplentes. O bloco da oposição, liderado pelo PSDB, que organizou a chapa vencedora junto com outros partidos da oposição e insatisfeitos com a composição da chapa 1, terá de preencher uma vaga de titular e cinco de suplentes.
Eleição suplementar
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou nesta terça no Salão Verde que a eleição suplementar para concluir a composição da comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff será o primeiro item da Ordem do Dia do Plenário da sessão desta quarta.
Cunha declarou que está seguro quanto aos procedimentos para eleição dos membros da comissão especial. Segundo ele, tudo foi feito de acordo com a Lei do Impeachment (Lei 1079/50) e o Regimento Interno da Câmara, que garantem a votação secreta e a possibilidade de chapas alternativas.
Em relação a uma possível decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contrária à sessão desta terça, quando o Plenário da Câmara elegeu a chapa alternativa por 272 votos a 199, o presidente disse que qualquer decisão judicial é para ser cumprida, mas ele espera que seja uma decisão plenária e não monocrática (de apenas um ministro).
Eduardo Cunha comentou que o resultado da votação expressa a opinião da maioria e, mais do que uma disputa entre base governista e oposição, foi uma disputa interna dos partidos.
Recurso
Além do PCdoB, o líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), anunciou que o partido também entrou com um recurso no STF pedindo a anulação da sessão desta terça por ilegalidade da votação secreta e da formação de chapas alternativas.
Veja os nomes da chapa 2:
PSDB
Carlos Sampaio (SP)
Valdir Rossoni (PR)
Bruno Covas (SP)
Nilson Leitão (MT)
Paulo Abi-Ackel (MG)
DEM
Mendonça Filho (PE)
Rodrigo Maia (RJ)
PMDB
Osmar Terra (RS)
Lúcio Vieira Lima (BA)
Lelo Coimbra (ES)
Mauro Mariani (SC)
Flaviano Melo (AC)
Carlos Marun (MS)
Manoel Jr (PB)
Osmar Serraglio (PR)
PSD
Sóstenes Cavalcante (RJ)
Evandro Roman (PR)
João Rodrigues (SC)
Delegado Éder Mauro (PA)
PP
Odelmo Leão (MG)
Jair Bolsonaro (RJ)
Luiz Carlos Heinze (RS)
Jerônimo Goergen (RS)
PSC
Eduardo Bolsonaro (SP)
Marco Feliciano (SP)
PSB
Fernando Coelho Filho (PE)
Bebeto (BA)
Danilo Forte (CE)
Tadeu Alencar (PE)
SD
Fernando Francischini (PR)
Paulinho da Força (SP)
PMB
Major Olímpio (SP)
PPS
Alex Manente (SP)
PTB
Sério Moraes (RS)
Benito Gama (BA)
Ronaldo Nogueira (RS)
PHS
Kaio Maniçoba (PE)
PEN
André Fufuca (MA)