Depois de vários dias de reuniões, o governo da China apresentou as linhas gerais do novo plano quinquenal econômico e social do país. Os detalhes devem ser divulgados nas próximas semanas e o plano deve ser colocado em prática em 2021.
- Governo precisa de planejamento para garantir abastecimento interno, afirma Miguel Daoud
- Daoud: Desemprego no Brasil deve bater novos recordes até o fim do ano
Ao contrário dos outros anos, o projeto não estabelece metas de crescimento econômico, mas as perspectivas sinalizam que a expansão anual da atividade econômica fique em aproximadamente 5% ao ano. Além disso tudo leva a crer que a segunda maior economia do mundo vai concentrar esforços na expansão da classe média chinesa.
Na avaliação do comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, o novo plano econômico chinês pode colocar o país asiático em um novo patamar no cenário mundial. “A China hoje tem o segundo maior PIB do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Foi uma ascensão muito rápida e este novo projeto mostra que, aos poucos, os chineses serão a principal economia do mundo”, avalia.
Para reforçar seu comentário sobre o desempenho da economia chinesa, Miguel Daoud fala sobre o ranking da Paridade do Poder de Compra (PPC), um índice que mede o poder de compra dos países, onde a China ocupa a primeira posição. “Nos últimos anos, o poder de compra dos chineses aumentou consideravelmente, graças a estabilidade da moeda local. Hoje a China é o país que tem a maior capacidade de compra do mundo, acima dos Estados Unidos”.
Ainda de acordo com o comentarista, seguindo as diretrizes do plano com foco na expansão da classe média, a China irá restringir em um certo ponto suas importações para focar na adoção de tecnologias que incentivem o consumo. “A China vai dar ao Brasil todas as condições de investimento e nós precisamos estar preparados”, completa Daoud.