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Chuva, vento e granizo afetam lavouras no interior do Rio Grande do Sul

Temporais que iniciaram no começo da semana não dão trégua; em Tapejara, um dos municípios mais atingidos, o prejuízo ultrapassa R$ 500 mil

A chuva demorou, mas chegou ao Rio Grande do Sul. Depois de enfrentar dias de tempo seco, o estado começa a contabilizar os prejuízos deixados pela instabilidade. Em Tapejara, município que fica ao norte do estado, choveu 60 milímetros em apenas 10 minutos, na madrugada de terça, dia 13. 

O tornado que atingiu a região causou destelhamento de casas e galpões em propriedades rurais. Segundo o presidente do Sindicato Rural, Adazir Coroneti, os prejuízos maiores foram para pequenos agricultores. “O prefeito já solicitou decreto de emergência. As culturas de inverno que nós plantamos que são trigo, canola e cevada, estão na fase inicial e a chuva em excesso, prejudica”.

Produtor de aveia em Tapejara, Sadi estima um prejuízo de R$ 12 mil. “Acredito que perdi 40% da plantação por causa da chuva e do granizo que foram piores na madrugada de terça-feira. O vento foi muito forte e destruiu a cobertura dos galpões e armazéns”, comenta o agricultor.

Segundo o chefe do escritório municipal da Emater em Tapejara, Jair Batista do Amaral, o pior aconteceu na segunda, dia 11, mas a chuva desta noite agravou o problema. “Aproximadamente 130 famílias rurais já foram atingidas. As culturas de inverno que nós plantamos estão em fase inicial, então não há enraizamento que suporte essa chuva”. 

água não encharcou lavouras, mas acabou “lavando” os tratos. “Ainda é cedo para estimar quanto de área precisará ser replantada, o problema é que caso isso precise ser feito, não há sementes no mercado”, comenta o chefe da Emater. 

A região também teve danos ambientais por conta do grande volume de árvores e pinheiros que foram derrubados pela força do vento.

Outros municípios

A chuva forte vem sendo registrada desde o início da semana em praticamente todo o estado. Mas, em algumas regiões, não chegou a causar danos nas plantações. É o caso de Porto Alegre, que teve prejuízos na área urbana. Em Não-me-Toque, no norte do estado, a situação é parecida. As perdas maiores se deram na área central do município e, por enquanto, as lavouras estão em bom estado.

Em Venâncio Aires, onde produtores de fumo estavam ansiosos pela chuva para iniciar o plantio com a terra úmida, a instabilidade trouxe problemas, porque o volume foi muito grande em um curto período de tempo. Segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), até agora quatro produtores informaram perdas. 

 

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