Normalmente, toda frente fria tem um ciclone extratropical em alto mar associado ao sistema, não é incomum isso acontecer. Mas o que está previsto nas próximas 24 horas pode ser um ciclone bomba, de acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Tudo está relacionado à queda brusca de pressão.
Um ciclone extratropical recebe a denominação de ciclogênese explosiva ou ciclone do tipo bomba quando apresenta uma queda de pressão no seu centro maior a 24 hPa em um período de 24 horas. A previsão indica que o ciclone extratropical associado a uma frente fria que atua na região Sul atinja o nível de ciclone bomba nas próximas 24 horas, com ventos que podem passar de 70 km/h na costa da região Sul.
No entanto, destaca-se que este ciclone que vai atuar sobre o oceano Atlântico está bastante afastado do continente e seus efeitos deverão ser sentidos principalmente em alto-mar. De acordo com a Somar Meteorologia, a formação deste ciclone é bem diferente do ciclone bomba que atingiu parte do continente do Rio Grande do Sul entre os dias 30 de junho e 1 de julho. Naquela ocasião, a área de baixa pressão começou a se formar dentro do continente e, justamente por isso, provocou inúmeros estragos para as áreas urbanas e rurais. Se estima que os ventos tenham chegado a 120 km/h, arrasando diversas propriedades.
Desta vez, o ciclone previsto está bem afastado da costa, trazendo mais ventania, mas não na mesma intensidade, além de temporais para o Rio grande do Sul.
O CPTEC considera moderada a possibilidade de ocorrência de eventos hidrológicos na região dos rios Gravataí e Sinos devido a alguns pontos de inundação em áreas de várzea somados à previsão de chuvas nas próximas 24 horas, associado a frente fria.