Até o momento, a área semeada com milho segunda safra no país encontra-se em 10,3% do total previsto, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), portanto, em estágio adiantado em relação ao mesmo período do ano passado (3,9%).
A justificativa é que o calorão acelerou o ciclo da soja, e, conforme ela vem sendo colhida, o produtor já está semeando o cereal.
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Segundo a Conab, nove estados correspondem a 91% da área cultivada com milho segunda safra no Brasil: Goiás, Piauí, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná.
O mês de janeiro foi chuvoso em grande parte das áreas produtoras, devido principalmente à atuação de dois períodos com Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que levou chuva para o Sudeste, Centro-Oeste e Matopiba. Isso vem garantindo temperaturas mais amenas e boa umidade nesses locais.
A tendência dos próximos meses ainda é a de temperaturas acima da média, segundo projeções no agência americana NOAA. Há risco de novas ondas de calor em fevereiro, devido à atuação do El Niño, o que representa risco potencial às lavouras no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Triângulo Mineiro. Essas áreas, até o momento, não têm acúmulo de água no solo suficiente para evitar o estresse hídrico.
A chuva deve ficar dentro da média climatológica em fevereiro e março. Já em abril, a chuva deve ficar abaixo da média, o que pode representar risco para as lavouras semeadas mais tardiamente. Isso ocorre porque elas irão estar em fase de enchimento de grãos, com a chuva cortando em maio ou junho, favorecendo o período de colheita.