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Comitê da Rio 2016 e Mapa negam risco de mormo

Preocupação surgiu devido à suspeita de que dois cavalos do Exército contraíram a doença no complexo militar próximo à área olímpica

Fonte: Divulgação/Marco Terranova

O Comitê Rio 2016 nega que haja riscos para os cavalos que vão disputar as provas de hipismo das Olimpíadas no próximo ano e os que participarão de um evento teste no dia 6 de agosto, em Deodoro, na zona norte do Rio, devido à suspeita de que dois cavalos do Exército  tenham contraído mormo no complexo militar próximo à área olímpica.

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Exército aguarda os resultados de exames em 500 cavalos que vivem na unidade militar, já que o mormo é uma doença contagiosa e letal, que provoca o sacrifício de animais contaminados. A coleta de sangue dos cavalos, que vinha sendo feita desde maio, logo depois de confirmada a passagem de um animal com a doença, terminou ontem, dia 21.

O material colhido dos cavalos do Exército foi enviado ao Recife, para um laboratório do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que faz o controle da doença no país, para evitar disseminação, mas não foi informado quando os exames ficam prontos e o Exército também não sabe quando os exames serão concluídos.

Apesar da alta letalidade da doença, o Comitê Rio 2016 explica que o local das provas de hipismo em Deodoro está isolado desde fevereiro, quando foi decretado o vazio sanitário. Para a competição de agosto, a organização garante que não há riscos. A Agência Brasil entrou em contato com a Confederação Brasileira de Hipismo, que preferiu não comentar o caso.

Como medida preventiva, o Exército faz a desinfecção de bebedouros e comedouros dos cavalos, além de evitar contato entre animais de áreas diferentes, segundo o tenente-coronel Paulo Cezar Crocetti, comandante do 2º Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército, o Regimento Andrade Neves. Qualquer medida extraordinária, como o sacrifício dos animais, explicou, depende dos exames.

– A bactéria é muito sensível à luz, detergente comum e água sanitária; então, as medidas que adotamos, de prevenção, já são suficientes para acabar com ela – disse o comandante.

Os dois animais com suspeita de mormo já foram retirados de Deodoro pelo Ministério da Agricultura e enviados para a estação Quarentenária de Cananeia.

O mormo é uma doença transmitida por bactéria que afeta o sistema respiratório dos cavalos, gerando secreções e abscessos. De acordo com o professor de veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Clayton Gitti, especialista em doenças infecciosas, o mormo provoca uma grande infecção, que não tem cura.

– A doença é até tratável, teoricamente. O problema é que, uma vez doente, o animal serve de fonte de infecção para os outros – afirmou. 

Posição do Mapa

Conforme nota divulgada pelo Mapa, as instalações onde ocorrerão os jogos olímpicos no próximo ano, assim como o evento teste que será realizado em agosto, estão sob total vazio sanitário e rigorosos cuidados de biossegurança. O Ministério afirmou que está desenvolvendo um conjunto de atividades para salvaguardar a sanidade dos equinos que estarão nas competições olímpicas.
 
O Serviço Veterinário Brasileiro está executando um estudo soroepidemiológico no entorno da Escola de Equitação do Exército, devido ao histórico de movimentação de um animal que foi diagnosticado com mormo, em abril deste ano, no Espírito Santo, e estava em Deodoro no ano passado. Essa situação levou a investigações no Setor 4 do Complexo Militar de Deodoro e resultou na detecção da proteína específica da bactéria Burkholderia mallei (que causa o mormo) em um dos animais do plantel, embora ele não tenha apresentado sinais clínicos da doença. 

– A investigação promoveu a coleta de amostras e avaliação clínica e epidemiológica para a realização dos testes Fixação de Complemento (FC) e Western Blotting (WB) em 141 animais alojados no setor. O laudo oficial emitido pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), apontou um resultado positivo e um inconclusivo na prova de WB, constatando a presença da proteína especifica da bactéria Burkholderia mallei em um animal, embora nenhum outro tenha apresentado manifestação clínica da doença – diz a nota.

Diante disso, o Mapa, com a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro (Seapec/RJ) e o Exército Brasileiro está realizando inspeção clínica permanente e testes laboratoriais que estão no Complexo Militar, fora da área de vazio sanitário.​

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