As exportações brasileiras de soja em grão apresentam um bom ritmo nesse início de ano. Com 57 milhões de toneladas embarcadas no primeiro semestre, o país tem condições de bater o recorde atingido em 2020, quando enviou ao exterior 82,9 milhões de toneladas, com uma receita de US$ 28,5 bilhões.
O boletim AgroExport fez uma análise dos embarques do complexo nos últimos cinco anos. e o que chama a atenção é o resultado deste ano. Em 2020, as exportações do complexo soja renderam ao Brasil US$ 35,2 bilhões. Neste ano o mês de junho, o valor chega a US$ 29,1 bilhões, o que corresponde a 82,67% do total do ano passado.
- Clima favorável nos EUA volta a derrubar preços da soja em Chicago
- Safra de grãos na Argentina deve totalizar 127,5 mi de toneladas em 2020/21
Para a soja em grão, o faturamento com as vendas está próximo de consolidar um número recorde. As receitas no acumulado do ano até junho chegam a US$ 24,8 bilhões, segundo dados do Mdic, cenário de desvalorização do real ante ao dólar. Para o fim do ano, a projeção é de um faturamento na ordem de US$ 30 bilhões com exportações de soja em grão
No entanto, existem alguns obstáculos para atingir o resultado histórico. A China, que representa 70% das compras de soja em grão Brasil vem reduzindo mensalmente suas importações. Isso tem impacto no resultado geral. Se em maio o Brasil exportou 15 milhões de toneladas, em junho, as vendas de soja perderam força com pouco mais de 11 milhões de toneladas.
Notícias Relacionadas
Farelo de soja
Entre 2017 e 2018, o Brasil se aproveitou da forte quebra da safra na Argentina para vender seu farelo de soja ao mundo. As vendas externas passaram de 14,1 milhões de toneladas em 2017 para 16,6 milhões em 2018.
Na safra 2016/17, a Argentina, principal exportador mundial de farelo de soja, viu a estimativa inicial de produção de 60 milhões de toneladas se transformar em pouco mais de 30 milhões de toneladas. O Brasil aproveitou essa brecha para ocupar esse espaço e desde então mantém o patamar de 16 milhões de toneladas. Para 2021, a previsão é de recorde nas exportações, com 17 milhões de toneladas.
Recorde para o óleo
O óleo também deve ter destaque nas exportações em 2021. Se no acumulado do ano até junho as vendas externas somam 750 mil toneladas, com receita de US$ 800 mi, a indústria acredita em números recordes para o fechamento do ano, superando o resultado de 2018, quando o país embarcou 1,4 milhão de toneladas.
