Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Diversos

Confiança no agronegócio cresce com expectativa de melhora da economia

Segundo levantamento da Fiesp e da Croplife, o índice de confiança da indústria de insumos agropecuários registrou o maior crescimento no segmento

O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela CropLife Brasil, aumentou no segundo trimestre de 2021, atingindo 119,9 pontos, 2,4 pontos acima do levantamento anterior. Em nota, a Fiesp diz que as indústrias, que fecharam os dois trimestres anteriores com a confiança em queda devido à deterioração das perspectivas econômicas, retomaram o entusiasmo com a perspectiva de crescimento do PIB.

“O recuo da taxa de câmbio no trimestre também melhorou a situação das empresas com custos em dólar, como é o caso de diversos segmentos de insumos agropecuários”, disse o diretor titular do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Roberto Betancourt.

Segundo a metodologia do estudo, os resultados demonstram otimismo quando são superiores a 100 pontos e pessimismo quando ficam abaixo dessa marca.

O Índice de Confiança das Indústrias (antes e depois da porteira) subiu 7,8 pontos, para 118,5 pontos, influenciado, segundo a Fiesp, pela melhora nas avaliações sobre a economia.

No caso da indústria antes da porteira (insumos agropecuários), o avanço foi de 9,2 pontos, a 117,1 pontos, o maior aumento entre os índices pesquisados. “As vendas de insumos agrícolas se aqueceram para a próxima temporada 21/22 e, aqueles que puderam, fecharam o segundo trimestre deste ano antecipando compras em relação ao mesmo período dos anos anteriores. O objetivo foi amenizar o impacto das recentes altas nos preços de fertilizantes e defensivos” afirma Christian Lohbauer, presidente executivo da Croplife Brasil.

Já a indústria depois da porteira registrou alta na confiança de 7,2 pontos, para 119,1 pontos. “Os preços dos grãos recuaram, minimizando a pressão sobre os custos dos frigoríficos; as exportações do agronegócio continuaram aquecidas, com receitas 28% maiores no segundo trimestre deste ano em relação a idêntico período de 2020; e a melhora nas perspectivas para a economia brasileira atenuou os temores relacionados ao comportamento do consumo doméstico”, destacou Betancourt. Ele chamou a atenção, porém, para a quebra da segunda safra de milho, que deve reduzir os volumes de exportação, com impacto negativo no próximo trimestre para empresas de logística e tradings.

O Índice do Produtor Agropecuário foi na contramão e caiu 5 pontos, para 121,7 pontos no segundo trimestre. “A cada trimestre o levantamento do IC Agro questiona os produtores sobre os principais problemas de seu negócio. O clima continuou sendo o aspecto mais importante, citado por 56,1% dos entrevistados e mantendo a posição do trimestre anterior. O principal destaque, porém, foi o crescimento da alta incidência de pragas e doenças, que passou de 12,9% para 20,3% das citações. Subiu da quinta para a segunda posição, ocupando o lugar do ranking que, anteriormente, cabia ao aumento do custo de produção, agora o terceiro problema da lista: caiu de 24,3% para 19,3%, apesar da alta dos insumos no trimestre”, disse a entidade na nota.

Considerado apenas o produtor agrícola, o índice caiu 6,5 pontos, a 121,4 pontos. Lohbauer disse que contribuíram para a queda a estiagem, que prejudicou a produtividade das lavouras; o recuo nos preços dos grãos acompanhando a queda da taxa de câmbio; a continuidade da alta dos juros encarecendo o financiamento agrícola; e a alta de preços dos insumos, diminuindo a atratividade das relações de troca para os produtores e reduzindo as perspectivas de rentabilidade para a próxima safra. O índice do produtor pecuário variou pouco, 0,4 ponto, fechando a 122,5 pontos.

“Assim como no caso dos agricultores, houve piora nas avaliações relacionadas aos preços dos produtos e ao crédito. A percepção sobre os custos de produção é uma das piores da história, mas o recuo dos preços dos grãos é um fator positivo para esse grupo”, ponderou Betancourt no comunicado.

Sair da versão mobile