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Conta de luz pode ficar mais barata em dezembro

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os índices de chuva no Brasil em outubro ficaram dentro da expectativa. Órgão vai analisar a possibilidade de adotar a bandeira verde no próximo mês

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Foto: Wenderson Araujo/CNA

Devido aos índices de chuva no Brasil dentro da expectativa para o mês de outubro, a bandeira tarifária da conta de energia elétrica para dezembro dificilmente retornará para a bandeira vermelha, disse o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone. “Reverter acho difícil, no pior estágio seria manter a amarela”, disse.

A Aneel pode inclusive analisar a possibilidade de adotar a bandeira verde no próximo mês. O estudo levará em conta a melhora nos níveis dos reservatórios diante da quantidade de chuva no Brasil durante novembro. Segundo Pepitone, ainda é preciso aguardar para avaliar alguns fatores que influenciam o modelo que determina a escolha da cor da bandeira. “De acordo com o cenário hídrico que estamos vivenciando hoje ele se apresenta favorável, mas temos que aguardar para não fazer um exercício de futurologia”, disse.

Pepitone estimou que após o dia 20 será possível definir a cor da bandeira.

Chuvas

Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, até setembro, as condições climáticas eram muito ruins tanto no Nordeste como no Centro-Oeste e no Sudeste. No entanto, o quadro começou a mudar em outubro.

Para novembro, as expectativas dos institutos de clima apontam para boa quantidade de chuva no Rio Paranaíba, o que deve melhorar também as condições no Rio Tocantins. “Deve começar a subir também as usinas do Rio Tocantins e mais para a frente a sinalização é que os rios do Norte, Madeira e Xingu, também vão ter uma condição boa”, afirmou.

Outra previsão que anima Barata é o fenômeno El Niño entre moderado e fraco. De acordo com o diretor-geral do ONS, isso é positivo, porque deve vir acompanhado de chuva na média ou pouco acima disso no Nordeste, enquanto na região Sul a previsão é de chuva intensa.

“Quando estávamos em setembro a nossa perspectiva era terminar o período seco na faixa dos 14% ou 15% (dos reservatórios) no Sudeste. No Nordeste, a previsão era terminar acima de 20%, não por causa da chuva, mas principalmente por causa da estratégia de controle de vazão. No Sudeste, estamos entre 19% e 20%, principalmente porque continua chovendo e de forma abundante na região Sul. Se nós vínhamos em junho, julho, agosto e setembro com o fluxo de energia da região Sudeste para a região Sul, a partir de outubro passamos a ter o fluxo do Sul para o Sudeste. Esse é que foi o grande diferencial”, disse.

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