A agenda deste sábado (06) da COP26 está sendo acompanhada de perto pelo agronegócio mundial, em especial por países que lideram a oferta de alimentos, como o Brasil. Na pauta dos debates, o desafio do uso da terra com a preservação da natureza. Em uma discussão bastante plural, a intenção é entender se, e como, governos, iniciativa privada e sociedade organizada, com destaque aos agricultores e indígenas, estão lidando com a necessária transição para um modelo mais sustentável de produção.
A missão dos especialistas que participam dos painéis é apoiar a transição dos países para um futuro baixo carbono e resiliente por meio de soluções naturais baseadas em evidências. A proposta tem como premissa ciência e ação. A mesma linha de atuação adotada recentemente pela Embrapa, da agricultura baseada em ciência, foi amplamente colocada em conferências realizadaes na COP26 pelo presidente da empresa, Celso Moretti. Outro destaque no programa do dia, que se tornou um tema transversal em todos os espaços e discussões do evento em Glasgow, na Escócia, é o aumento do investimento privado não apenas nas ações para conter a emissão de gases, mas em ações específicas de preservação na natureza e no uso racional da terra.
Observadores e negociadores do Brasil também participam desses grupos de trabalho. O objetivo desses fóruns é propor possíveis soluções tendo como premissa a adoção de tecnologias agrícolas sustentáveis, focadas na adaptação e resiliência aos impactos do clima, explica João Adrien, diretor de Regularização Ambiental do Ministério da Agricultura, que está em Glasgow, na Escócia, onde a Conferência do Clima segue até 12 de novembro.
Foco no agronegócio
De certa forma, a pauta do final de semana abre caminho para o dia do agronegócio no estado do Brasil na COP26. Nesta segunda-feira (08), a agenda no espaço compartilhado entre governo federal, Agência de Promoção à Exportação (Apex), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Confederação Nacional da Indústria (CNI) será integralmente focada no agro. De pecuária e agricultura sustentável, com baixa emissão de carbono, a pauta vai tratar ainda de desenvolvimento territorial, cadeias produtivas agroflorestais, energias alternativas e como agregar valor à biodiversidade. Participam dos debates, presencialmente em Glasgow ou de maneira remota direto do Brasil dirigentes e técnicos do governo federal e de institutos de pesquisa e universidades.
No espaço Brazil Climate Action Hub, organizado pelas entidades da sociedade civil, a segunda-feira será marcada por uma ampla discussão sobre sistemas agroflorestais e biodiversidade.
Serviço
- A equipe do Canal Rural na COP26 vai acompanhar as discussões e trazer as informações em sua multiplataforma de comunicação. Também é possível acompanhar o dia do agronegócio brasileiro na COP26 ao vivo pelo Youtube do Ministério do Ambiente.