O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 12,25% ao ano, num corte de 0,75 ponto percentual. De acordo com nota divulgada pela entidade nesta quarta-feira, dia 22, o conjunto dos indicadores de atividade econômica registradas desde a última reunião do Copom “mostra alguns sinais mistos, mas compatíveis com estabilização da economia no curto prazo”. A evidência, segundo o texto, sugere uma retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017.
Entre as justificativas para a redução da taxa está a convergência da inflação para a meta de 4,5%. O Copom ainda entende que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira, que continuarão a ser reavaliadas ao longo do tempo.
O texto da nota divulgada pelo Banco Central afirma que uma possível intensificação do ritmo de flexibilização monetária dependerá da estimativa da extensão do ciclo, mas, também, da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco e das projeções e expectativas de inflação.
Repercussão
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou, em nota, que ainda há espaço para recuo maior da Selic. “Ainda não é o bastante”.
“O Brasil tem pressa para retomar a rota do crescimento econômico e da geração de emprego. Para isso, é urgente a redução mais rápida dos juros”, diz Skaf. “É preciso aumentar a oferta de crédito e diminuir a intervenção do Banco Central no mercado de swaps cambiais, que está tornando o dólar artificialmente barato.”