Corte no orçamento do Mapa não atingirá defesa

Todas as outras áreas, porém, passarão por ajustes, afirma Kátia Abreu 

Fonte: Reprodução/Canal Rural

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, já definiu o que vai ficar de fora do novo corte no orçamento da pasta, de R$ 287,2 milhões, anunciado na última quinta, dia 30. No Twitter, ela afirmou que serão feitos ajustes em todas as áreas, com exceção da defesa agropecuária.

– Corte zero em defesa – disse a ministra na rede social.

– Recebemos mais um corte no orçamento. O Mapa vai se adequar com tranquilidade. Temos a certeza de que no ano que vem estaremos super bem – projetou.

 Kátia Abreu disse que nos seis primeiros meses de 2015 foram economizados R$ 69 milhões e que esses recursos serão investidos em defesa agropecuária. Ela afirmou ainda que essa não é a primeira nem a última crise pela qual o Brasil passará.

– O Agro sempre foi o braço forte nas crises. E nesta não será diferente. Vamos superar todas as dificuldades. O ajuste é necessário – argumentou.

– Sempre dá pra economizar quando é preciso. Nós mulheres e donas de casa sempre fizemos isto em nossas casas, com nosso orçamento – afirmou.

 Com o corte de R$ 287,2 milhões, a pasta passa a ter um novo limite global para gastos de R$ 1,935 bilhão. O Ministério do Desenvolvimento Agrário perdeu R$ 167 milhões, ficando com limite de R$ 1,697,1 bilhão. O da Pesca e Aquicultura não foi afetado e continua com limite global de R$ 156,2 milhões.

Ovinos e caprinos

A ministra nesta segunda, dia 3, no município de Aliança do Tocantins, programa de estímulo à produção de ovinos e caprinos. Entre as medidas previstas está a construção de um frigorífico de pequenos animais e de uma fábrica de ração.

– Não estamos tão organizados como poderíamos estar. Nossos produtores de ovinos e caprinos estão sozinhos, então precisamos dar suporte para que a cadeia possa se desenvolver – disse no lançamento da pedra fundamental do Complexo Agroindustrial de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Cadeia Produtiva de Ovinocultura do Matopiba (região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

– Vamos fazer desta região um polo de produção e implantar um modelo de integração da cadeia produtiva de ovinos e caprinos, o primeiro modelo de integração desta área – afirmou.

A ministra lembrou que o país importa 10% do que consome, principalmente da Argentina e da Nova Zelândia, e que o mercado de carne de ovelha movimenta R$ 1,9 bilhão por ano. O programa de estímulo também definiu um plano de negócios para venda de carnes de ovinos e caprinos entre Goiânia, Brasília e Belo Horizonte.

O Ministério informou que o programa prevê ainda parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com a Federação da Agricultura do Tocantins (Faet) para oferecer assistência técnica continuada por dois anos. Serão 200 horas de curso, sendo 160 horas de aulas práticas e 40 de gestão.