A CPI do MST aprovou nesta terça-feira (1º) a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Por uma margem de 14 votos a favor e 10 contra, o ministro será obrigado a comparecer perante a comissão em uma data ainda a ser definida.
A CPI do MST tem como relator o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro.
O requerimento, proposto por Salles, acusa Rui Costa de não ter tomado medidas suficientes para impedir invasões de terra e proteger a propriedade privada durante seu mandato como governador da Bahia, de 2015 a 2022.
O ministro também recebe críticas por sua postura contrária à presença da Força Nacional nos assentamentos do extremo-sul baiano.
Líderes da oposição também esperam que Rui Costa forneça explicações detalhadas sobre as ações do MST e as medidas adotadas em relação à reintegração de posse de terras ocupadas na Bahia, tanto durante sua gestão como governador, como sob o atual governo.
Trabalhos da CPI
Hoje, o a CPI está ouvindo o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República General Marco Edson Gonçalves Dias.
Os parlamentares querem que o ex-ministro fale sobre a ações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no monitoramento de invasões de terra ocorridas durante o atual governo.
O presidente do MST, João Pedro Stédile, e o líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), José Rainha Junior, também vão depor nos próximos dias.
O deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI do MST, anunciou sua intenção de solicitar uma prorrogação dos trabalhos por mais dois meses, estendendo o prazo inicialmente previsto para a conclusão das atividades do colegiado, que era dia 28 de setembro.