POLÍTICA

CPI do MST vai interrogar José Rainha Júnior nesta quinta-feira

A CPI do MST ouviu nesta quarta-feira (2), o secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Muraro Derrite na condição de convidado

A CPI do MST, em funcionamento na Câmara dos Deputados, ouve nesta quinta-feira (3) José Rainha Júnior, um dos líderes da Frente Nacional de Lutas.

A intenção dos parlamentares é questioná-lo sobre sua participação nas ocupações de terras ocorridas nos últimos anos.

Três deputados apresentarem requerimentos para a audiência: Kim Kataguiri (União-SP), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES).

Em suas justificativas, Kataguiri e Evair Vieira de Melo citaram que José Rainha, ao lado de Luciano de Lima e Claudio Ribeiro Passos, “foram acusados de praticar extorsões contra produtores de terras invadidas na região de Presidente Prudente (SP)”.

Já Rodolfo Nogueira lembrou que Rainha já foi vinculado ao MST e sua convocação “poderia buscar informações e esclarecimentos sobre suas ações e decisões”.

Conforme a decisão do Supremo Tribunal da Justiça, o líder da FNL poderá permanecer em silêncio sobre fatos que possam incriminá-lo e não poderá ser punido por isso. Ele também poderá ser acompanhado por um advogado durante a realização do depoimento.

A audiência está marcada para as 8h35, no plenário 2.

CPI do MST escuta secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo

A CPI do MST ouviu nesta quarta-feira (2), o secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Muraro Derrite na condição de convidado que prestou esclarecimentos sobre as invasões ocorridas no estado e as prisões decorrentes desses crimes, a pedido de Kataguiri.

O parlamentar justificou o convite como uma “oportunidade para que o público tenha acesso às informações necessárias para uma análise adequada e fundamentada das ações do Estado no enfrentamento das invasões do MST e dos delitos relacionados”.

O relator, Ricardo Salles (PL-SP), conduziu a primeira parte do depoimento de Derrite ressaltando que durante o governo do ex-presidente Bolsonaro as invasões de terra estavam praticamente encerradas.

“O João Pedro Stédile afirmou que não invadiram nesses quatro anos do governo Bolsonaro, porque tinham medo da reação dos proprietários que munidos de armas de fogo podiam reagir”, disse Salles.

Salles questionou Derrite se haveria a possibilidade dos proprietários rurais reagirem contra o número de invasões por parte dos movimentos sociais.

“Esses invasores, quando sabiam que os proprietários rurais possuíam um poder de autodefesa no que se diz respeito à posse de arma de fogo, eles optaram por não invadir essas propriedades”, afirmou o secretário de Segurança.