Cerca de 12 mil crianças da zona rural e da área urbana do município de Barra (BA), foram beneficiadas com o projeto “Algodão Que Aquece”. Mesmo sendo conhecida como uma região de clima quente, o município também enfrenta baixas temperaturas.
Por isso, muitas crianças, a maioria de famílias de baixa renda, precisam de doações para se manterem aquecidas.
“Existe um tempo que é muito frio na qual nossos filhos vão com as vestes que têm e eles chegaram numa boa oportunidade”, conta Edineia, mãe de uma criança beneficiada.
Além de proporcionarem atividades culturais e pedagógicas, o grupo Núcleo Mulheres do Agro, formado por empresárias do setor produtivo e apoiadores, também doou agasalhos feitos com 100% algodão.
Mobilização
Ao todo, mais de 580 professores e 387 servidores da rede municipal de ensino, que tem mais de 70 escolas, participaram do projeto, que foi elaborado em parceria com a secretaria de educação.
Para Mauralice Ribeiro, diretora de uma escola em Barra, as pessoas precisam muito desse incentivo e que a logística para a cidade pe difícil. “A semana passada foi muito fria e as crianças pra vir precisa acordar muito cedo e não têm agasalho”, disse.
O prefeito da cidade, Artur Silva, afirma que é um desafio atender a população rural do município. Segundo ele, grande parte dos cerca de 55 mil habitante vive na zona rural.
“São dunas e veredas de difícil acesso, temos muita dificuldade com moradias, casas de palha, estradas de areia”, comenta o prefeito.
O município de Barra é o quarto mais populoso do oeste da Bahia e fica localizado no encontro entre os rios Grande e São Francisco, importantes cursos d’água para a agricultura da região.
Suzana Viccini, presidente do Núcleo das Mulheres do Agro, afirma que o grupo tentar passar uma mensagem de esperança e valorização com o “Algodão que Aquece”.
“Nós somos de uma associação que acreditamos na agricultura e na educação. então foi surpreendente conhecer as potencialidades do município e nós esperamos que essa nossa rápida passagem seja incentivo, que aconteça o empreendedorismo rural nessas comunidades e que aconteçam movimentos que possam desenvolver mais.” – Suzana Viccini, presidente do Núcleo das Mulheres do Agro.
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