O momento difícil da economia diminuiu o potencial de compra do brasileiro em uma das épocas mais lucrativas para o comércio: o Dia das Mães. Mas o mercado de flores caminha na contramão de outros segmentos nessa data e está confiante que, neste ano, as vendas vão superar em pelo menos 10% o volume registrado em 2015.
Nas instalações da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), onde está o maior centro de distribuição de flores e plantas do país, o movimento na semana que antecede o Dia das Mães é intenso, desde a noite até o amanhecer. A data é considerada como “o Natal dos vendedores de flores”, já que é quando os comerciantes do segmento mais faturam.
A Feira das Flores, realizada na Ceagesp, reúne cerca de mil produtores de flores, plantas e mudas, vendendo normalmente a cada semanea entre 800 e mil toneladas de produtos.
Ivan Todaro explica que a semana anterior à data praticamente dobra as vendas de orquídeas de seu box no entreposto. A flor é apreciada porque, além de muito bonita, tem preços variados e pode florescer de um ano pro outro.
Também comerciante do local, Adalgisa Santos conta que, em plena crise econômica no país, vendeu bromélias e mais bromélias para muitos filhos que substituíram outros tipos de presentes para suas mães. “Para mim, foi ótimo. E, com certeza, (dar flores) é um bom presente”, diz ela.
A secretária Socorro Kanashiro, uma das que optaram pelas flores nesta data, explica que a razão foi mesmo a falta de mais recursos. “Mas também foi porque minha mãe e minha sogra gostam muito de flores”, afima. Não foi diferente para o microempresário Sebastian Santos, que, diante de um orçamento mais enxuto neste ano, escolheu margaridas para presentear a esposa.
O comerciante Antônio Garcia Oliveira comprou presentes para as mães de sua família. Mas não abre mão de deixar a casa enfeitada nesse domingo tão importante. “O ambiente fica feliz, bonito. A casa fica gostosa e todo mundo fica contente”, alegra-se o comerciante.