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Custo com transporte é o item que mais pesa para exportadores

Para o setor produtivo do agronegócio, isso está relacionado com a grande distância até os principais portos de escoamento

Fonte: divulgação

Um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) listou 62 itens que afetam a competitividade da indústria brasileira e o custo do transporte foi apontado como o principal entrave enfrentado por empresas exportadoras no Brasil.

As empresas agropecuárias representam quase 10% das 847 indústrias entrevistadas. Pouco mais da metade são micro ou pequenas empresas, que faturam até R$ 10 milhões por ano. Para o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, falta mais opções de transporte via ferrovias. “As ferrovias são menos utilizadas hoje são utilizadas, praticamente, só pra grãos e minérios. Deveriam ser utilizadas para outras mercadorias”, disse.

As indústrias do Centro-Oeste deram a pior nota para o custo do transporte. Para o setor produtivo do agronegócio, isso está relacionado com a grande distância até os principais portos de escoamento, como o de Santos. Uma alternativa para amenizar o problema seria começar a exportar pelos portos do Norte, que estão mais próximos.

O presidente da Câmara Temática da Logística do Agronegócio, Edeon Vaz, acredita que falta empenho político para que os acessos aos portos da região Norte saiam com mais rapidez. “O grande volume da carga que nós temos é transportado pelo modal rodoviário. Então, esse fato impacta muito na renda do produtor. O modal rodoviário é extremamente competitivo até 600 quilômetros, mas, de Sorriso (MT)  ao porto de Santos temos mais de 2 mil quilômetros”, disse.

A baixa eficiência do governo para superar as barreiras de exportação está listada como o terceiro item mais crítico na visão das empresas, mas o diretor de desenvolvimento industrial da CNI avalia que o governo tem se esforçado para reduzir a burocracia. “O governo tem tentado trabalhar na facilitação do comércio. Ele já implantou o Portal Único, onde o exportador já ganha algum tempo, porque nele só coloca os documentos uma vez. A gente vê, por parte do governo, um manifesto interesse de colocar logo as licitações de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias e isso tudo é muito importante, pois a nossa malha já não é suficiente para o volume de transporte que nós temos”, disse Abijaodi.

Para Edeon Vaz, a mudança de governo alimenta a esperança de um futuro melhor para as exportações do agronegócio. “A gente tem sentido pelas ideias do programa PPI, das intenções do novo governo de que esses assuntos serão tratados um pouco mais profissionalmente. No governo anterior tinha um grupo que trabalhava também de forma muito profissional, raciocinando como empresário, mas tinha um grupo que parece que estava ali só pra criar dificuldade”, finalizou.

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