Ao longo da semana, a Fetag-RS realizou uma audiência pública para debater os custos de produção.
Segundo a entidade, os produtores estão extremamente preocupados com a ‘alta abusiva dos insumos, dos implementos e das máquinas agrícolas’. A Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados e a Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul também participaram.
Para o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, “caso a situação não seja resolvida urgentemente, a cadeia produtiva será inviabilizada, a exemplo do leite e das aves, que várias famílias já conquistaram a atividade. Por isso, a Fetag-RS e a representação dos produtores presentes cobraram fortemente sobre as políticas governamentais, as importações e pela falta de políticas públicas que controlem os custos de produção”.
Na audiência, a Fetag-RS solicitou que seja elaborado um relatório e que seja marcada outra reunião para tratar sobre o assunto, dessa vez com a presença dos Ministérios da Agricultura, da Economia e das Relações Exteriores, Petrobras, Conab e representantes do setor de insumos e de máquinas agrícolas, para encontrar uma solução.
Segundo o colunista do Canal Rural Benedito Rosa, a resposta para o custo de produção não é simples e não há um passo de mágica para resolvê-lo. “O problema está evoluindo, colocando o Brasil numa posição muito vulnerável, como na questão dos fertilizantes”, diz.
De acordo Rosa, a pandemia desorganizou o sistema de transporte, de oferta de bens intermediários, no mundo. “As compras antecipadas de fertilizantes já caíram 5%, o produtor está incerto e tem razão de estar”.