Segundo a assessoria, a CUT enviou um e-mail à presidência da Abimaq em 27 de março avisando que não participaria do ato e que não autorizava o uso do nome e do logo da entidade.
O material enviado à imprensa, com os detalhes do evento, citava a participação da CUT. Na coletiva de imprensa durante a tarde de ontem, o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, disse que a CUT estava na coalizão e que não sabia o motivo da ausência de representantes da central no evento.
– A CUT faz parte da coalizão, não sei por que não estão aqui. Perguntem a eles – afirmou Pastoriza.
Contatado pela reportagem, Pastoriza admitiu que houve um erro na comunicação do evento. Pastoriza ressaltou que, no início das negociações para a coalizão, houve a participação de dirigentes da CUT e pessoas ligadas ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, um dos mais importantes da central.
– Isso pode ser fruto de um desentendimento interno deles também – disse o presidente da Abimaq.
O secretário-geral da confederação nacional dos metalúrgicos da CUT, João Cayre, confirmou a reportagem que houve pessoas ligadas à CUT, mas apenas na primeira reunião sobre essa mobilização. Ele disse que a entidade estava preocupada com a situação da Petrobras e o efeito cascata sobre a indústria.
– Depois da primeira reunião, decidimos não ir mais, até porque as conversas com o governo passaram a caminhar – afirmou.
O evento de da Abimaq reuniu ao menos 39 entidades industriais e três centrais – Força Sindical (ligada a Paulinho, que é presidente licenciado da entidade), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros (CGTB).
Eles lançaram a coalizão e um manifesto que alerta o governo e a sociedade sobre o que classificam como processo de desmonte da indústria de transformação.