EM PAUTA

Demandas do agronegócio são discutidas em reunião na Seagri

Documento formalizado na reunião será entregue ao governador Jerônimo Rodrigues e ao governo federal com solicitações relacionadas à logística e à energia

Convocados por Wallison Tum, secretário da agricultura, pecuária, irrigação, pesca e aquicultura da Bahia (Seagri), na última terça-feira (15), representantes, produtores rurais, do setor logístico e das secretarias estaduais da Infraestrutura e Casa Civil da Bahia participaram de uma reunião para discutir os gargalos que afetam o setor agropecuário baiano e apontar caminhos para superá-los.

O encontro, realizado na sede da Seagri, em Salvador, contou com mais de 15 participantes, que elencaram entraves na logística de insumos e escoamento da produção e a demanda refreada de energia elétrica.

De acordo com a pasta, eficiência energética, é o principal fator impeditivo para expansão do setor do agronegócio no estado.

Segundo o secretário, o objetivo do encontro foi ouvir o produtor, que está na ponta e sente as dificuldades do setor, assim como os agentes logísticos e outras áreas do governo.

Em suas falas, os representantes do agronegócio destacaram dois grandes desafios a serem superados: estradas e disponibilidade energética.

Cobrança dos produtores

Produtor de algodão, uva e grãos em Barreiras, no oeste baiano, Moisés Schmidt reforça a necessidade de poder público e empresários passarem a dialogar e buscar, juntos, soluções para levar, de forma mais rápida, opções para sanar essas duas carências.

“O agro baiano pode crescer ainda mais, mas requer alguns investimentos, como estradas, ferrovias, portos e maior facilidade de acesso à rede elétrica. Sem energia nas propriedades, não há como produzirmos nada”, pontuou Schmidt.

Produtor de uvas no Vale do São Francisco, região norte da Bahia, Evandro Mascarelo faz coro com os demais produtores quanto à necessidade de expansão da rede elétrica para atender propriedades rurais e também de mais opções logísticas.

“Nossa empresa tem exportado uva pelos portos de Recife e Rio Grande do Norte, devido às deficiências portuárias da Bahia, o que encarece o frete e retira recursos que seriam, por exemplo, para pesquisas e contratação de pessoal”, destacou.

A Seagri informou que do encontro, ficou definido a organização de um documento, que será entregue ao governador Jerônimo Rodrigues e ao governo federal, contendo as demandas relacionadas à logística e à energia. Atores das mais diversas cadeias produtivas vão contribuir para a confecção do relatório.

Integração Minério-Grãos

Outro ponto discutido no encontro promovido pela Seagri foi o uso de corredores logísticos ferroviários destinados à mineração para escoamento de grãos.

De acordo com a secretaria, essa integração pode criar novas rotas para levar a produção graneleira aos portos baianos, gerando economia no frete, dando maior competitividade ao agronegócio local e garantindo menor emissão de poluentes na atmosfera.

A integração no transporte ferroviário para grãos, insumos e minérios é essencial, transportando em grandes volumes e reduzindo custos.

Participaram da agenda representantes das Secretarias Estaduais da Infraestrutura (Seinfra), da Casa Civil, da CS Portos, que administra o Porto de Aratu, USUPort (Usuport – Associação de Usuários dos Portos da Bahia), da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e Companhia Baiana de Pesquisa Mineral.

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