Tempo

Depois de provocar estragos no Sul, frente fria avança para o Sudeste

Cenário  volta a ser de tempo seco e quente para os produtores gaúchos e catarinenses

A seca deu lugar a temporais no no Rio Grande do Sul. Os ventos atingiram quase 100 km/h em localidades do estado. Após dias de calor, a chuva atingiu parte do território gaúcho e causou estragos, tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais.

Em Passo Fundo, na região norte do estado, os temporais prejudicaram as lavouras de soja. Em Uruguaiana, na Fronteira Oeste, os ventos fortes também derrubaram árvores e postes, prejudicando a rede elétrica. Casas foram destelhadas e ruas ficaram interditadas. De acordo com medição do Clube Náutico Jangadeiros, em Porto Alegre, os ventos atingiram quase 100 km/h.

No entanto,a chuva não vai durar muito para esses produtores gaúchos, e já vai embora nesta sexta-feira, 17. Na retaguarda da frente fria, há uma massa de ar seco para inibir a formação de novas instabilidades sobre todo o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina. Daqui para frente, o cenário volta a ser de tempo seco e quente nos dois estados, lembrando que muitos municípios já decretaram situação de emergência devido à estiagem.

A semana termina com mudanças bruscas no tempo devido ao avanço dessa frente fria. Desde a faixa leste do Paraná até o Rio de Janeiro, a sexta-feira será de céu nublado, com chuva a qualquer momento do dia e queda acentuada na temperatura.

Volumes expressivos podem ser registrados em boa parte do estado de São Paulo, sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e até mesmo no sul do Espírito Santo. Atenção redobrada na região serrana do Rio com volumes que podem chegar a casa dos 100 milímetros nesta sexta-feira, quando há potencial para transtornos como deslizamentos de terra.

A chuva forte deve atingir também áreas do Centro-Oeste. Instabilidades no alto da atmosfera serão responsáveis pela chuva mais forte, acompanhada por descargas elétricas, ventania e até queda de granizo no sul de Mato Grosso e norte de Mato Grosso do Sul. Os volumes mais expressivos, no entanto, são esperados entre o leste de Mato Grosso e o oeste de Goiás, atrapalhando as atividades de colheita.

Na metade norte do Brasil pode chover desde a Paraíba até o Amazonas, mas sem grande intensidade.