O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) criticou as mudanças no Estatuto do Desarmamento previstas no substitutivo do relator, deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG), ao Projeto de Lei 3722/12 e apensados. A discussão sobre mudanças na legislação ocorre nesta terça, dia 27, no plenário 8 da Câmara dos Deputados.
Molon considerou uma irresponsabilidade permitir que jovens de 21 anos de idade possam comprar armas de fogo.
– Todos aqui já tiveram 21 anos e sabem que, nesta idade, os hormônios promovem mudanças no nosso organismo e nos faz ter reações mais impulsivas –, argumentou.
O parlamentar também defendeu a declaração do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, que se manifestou contrário às mudanças no estatuto.
Segundo o secretário, o esforço do Congresso deve ser no sentido de melhorar as condições de trabalho das forças de segurança pública.
– Ampliar o acesso às armas vai trazer mais assassinatos e não reduzir o número de homicídios no país –, afirmou Molon.
Por outro lado, o deputado João Rodrigues (PSD-SC) apoiou o direto do cidadão de andar armando e acusou Beltrame de não querer mais trabalhar.
– Alguns secretários que estão se manifestando não querem mais trabalho, porque lhes faltam capacidade e competência para controlar a violência em seus estados –, disse Rodrigues, ao defender o direito do cidadão a fazer a própria defesa.
– Sabendo que alguns cidadãos de bem estão armados, alguns bandidos serão eliminados e é bom que se faça uma limpeza, porque chega da população não poder se defender –, afirmou Rodrigues, autor de projeto que concede porte de armas para caminhoneiros e taxistas.