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"Devo a minha posição de presidente à agricultura brasileira", diz Temer

Presidente interino, Michel Temer, participa da abertura do Global Agribusiness Fórum 2016, na manhã desta segunda, dia 4, em São Paulo (SP); Blairo Maggi, ministro da Agricultura, reforçou crescimento e desburocratização do setor à frente da Pasta

Fonte: Canal Rural

O presidente interino, Michel Temer, abriu a edição 2016 do Global Agribusiness Fórum (GAF), na manhã desta segunda, dia 4, em São Paulo (SP).  Na abertura, Temer disse que deve sua posição atual à agricultura brasileira.

“Essa solenidade me toca sentimentalmente. Meus pais quando vieram ao Brasil adquiriram uma pequena propriedade rural em Tiete e ao longo do tempo, menino ainda, eu fui tomando contato com as plantações que meu pai fazia na chácara”, contou.

Manifesto

Durante a cerimônia, entidades representativas do setor entregaram ao presidente interino um Manifesto de Confiança ao Agronegócio Brasileiro. O documento ressalta que o setor aposta na “legitimidade da equipe econômica competente do atual governo e acredita na capacidade de organizar e retomar investimentos para colocar o Brasil novamente no trajeto do crescimento”, destaca o texto assinado por mais de 40 entidades, e que foi lido pelo presidente da Associação dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Cláudio Paranhos.

“Confiamos que a liderança do presidente será capaz de pacificar e unificar todos os brasileiros para que seja possível construirmos um novo amanhã para o nosso país”, afirma o Manifesto.

Sobre o ministério montado por Temer, o setor diz que os nomes escolheidos são reconhecidos pela “capacidade técnica e larga experiência para as pastas da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Relações Exteriores”.

Por fim, o documento avalia que Temer será capaz de, “com pragmatismo diplomático e inteligência comercial”, conquistar “novos mercados para os produtos brasileiros no comércio internacional”.

Assinam o Manifesto, além da ABCZ, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Associação das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), além da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Leia a íntegra:

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, afirmou  que tentará resolver, à frente da Pasta, os problemas que o “incomodavam”. “Um deles é a burocracia. O servidor público é mais importante quando ajuda a resolver os problemas”, afirmou Maggi, na cerimônia de abertura. “Estamos fazendo em todos os setores da agricultura reuniões para simplificar regras.”

Conforme Maggi, o presidente da República em exercício lhe deu autonomia para comandar a Pasta. “Estamos fazendo um trabalho à frente do Ministério da Agricultura que é olhar para o cidadão. Minha obrigação e compromisso é atender e defender a agricultura brasileira.”

Para o ministro, o Brasil tem potencial para ampliar e ser “mais forte” do que é hoje, em termos de Agricultura, mesmo em um momento de crédito escasso. “Se o governo não tem dinheiro neste momento, temos de fazer mais com menos.” Para Maggi, o objetivo é tornar o Brasil responsável por 10% do comércio agrícola global “em cinco anos, e não mais em dez anos”. “Temos condições de aumentar muito a participação brasileira na produção de proteínas animais”, exemplificou.

Ainda segundo Maggi, o saldo da balança comercial mostra que há espaço para a Agricultura ter maior participação e atenção por parte do governo. “O Ministério da Fazenda tem suas preocupações, mas Agricultura não é despesa, é investimento”, frisou. 

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