A cada dia, noticiários de televisão, rádio, jornais e a mídia eletrônica divulgam informações sobre o tempo e o clima: temperatura, chuva, umidade do ar, direção e velocidade do vento, predomínio do sol, nevoeiro, geada, entre outras condições do tempo. Tudo isso é resultado do trabalho dos meteorologistas, que, nesta sexta-feira, dia 14, comemoram o seu dia.
A meteorologia tem no setor rural um dos seus principais usuários. Não por acaso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é um órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O Inmet é responsável pela previsão e monitoramento do tempo e do clima no Brasil desde sua criação, há quase 107 anos. Hoje, conta com 63 meteorologistas.
O monitoramento do clima possibilita diagnosticar situações como secas e umidades excessivas e antecipar problemas decorrentes dessas adversidades, como quebras de safras. As previsões climáticas permitem orientar o produtor rural sobre as condições do clima para períodos de três meses de antecedência.
A profissão de meteorologista foi regulamentada em 14 de outubro de 1980 pela Lei 6.835. Por isso, o dia desses profissionais é comemorado nesta sexta-feira.
O que ele faz
O curso de graduação em meteorologia forma profissional capacitado para interpretar os mais variados fenômenos que ocorrem na atmosfera da Terra e as causas das variações climáticas. Para tanto, o meteorologista precisa analisar grande quantidade de dados, utilizar conceitos que englobam a física e a matemática e muitos recursos tecnológicos.
Um centro de previsão de tempo tem que estar disponível durante 24 horas, nos 365 dias do ano, com meteorologistas trabalhando em escala de revezamento, porque pode ocorrer uma mudança brusca na atmosfera, ocasionando um evento extremo e, consequentemente, um desastre natural.
Os meteorologistas do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Inmet monitoram o tempo e o clima no Brasil, na América Latina e nos oceanos Pacífico e Atlântico, com o objetivo de verificar as formações de sistemas meteorológicos e suas influências no tempo e no clima de qualquer região do Brasil.
Mas o profissional de meteorologia não trabalha somente na previsão de tempo e clima. Ele atua também na investigação, avaliação e pesquisa da variabilidade atmosférica e seus impactos em áreas específicas, como agricultura, segurança alimentar, gerenciamento de recursos hídricos e de energia, condições de navegação e voo, poluição atmosférica, mudanças climáticas e globais.
Onde estudar
Para fazer graduação em meteorologia, com duração de quatro anos, é necessário prestar o vestibular ou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Hoje, 13 universidades brasileiras – nove federais e quatro estaduais – têm graduação em meteorologia: Universidade de São Paulo (USP); Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Universidade Federal de Alagoas (UFAL); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal de Pelotas (UFPEL); Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Universidade do Estado do Amazonas (UEA); Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI); e Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Além da graduação, há cursos de pós-graduação em várias dessas universidades e no Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Há vagas
O mercado de trabalho tem oferta suficiente para absorver os profissionais da área. Porém é cada vez maior a exigência por meteorologistas especializados em cursos de pós-graduação.
Como em qualquer outro país, a demanda por meteorologistas no Brasil está, em grande parte, em instituições federais e estaduais. Na área federal, estão Inmet, Inpe/Centro de Previsão do Tempo e Estudo Climáticos, Centro Nacional de Monitoramentos e Alertas de Desastres Naturais, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Agência Nacional de Águas e os ministérios da Aeronáutica e da Marinha.
Quem se dedica à meteorologia ambiental encontra oportunidades em praticamente todas as secretarias estaduais e municipais de Recursos Hídricos, Agricultura e Meio Ambiente. Merecem destaque a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, o Instituto Tecnológico Simepar, Instituto de Pesquisas Meteorológicas, Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Cantarina e a Agência Pernambucana de Águas e Clima. No setor privado, estão a Climatempo e a Somar.