A petrobras anunciou nesta sexta-feira, dia 30, mudanças na sua política de reajuste dos preços da gasolina e do diesel comercializados em suas refinarias em todo o país. Os reajustes poderão, a partir da próxima segunda-feira, 3, ocorrer em menor espaço de tempo, com a possibilidade de ser até diários, dependendo das oscilações do preço do produto no mercado externo.
A revisão da política de preços da estatal foi aprovada pela diretoria executiva da empresa. “Com as alterações, a área técnica de marketing e comercialização da companhia terá delegação para realizar ajustes nos preços, a qualquer momento, inclusive diariamente, desde que os reajustes acumulados por produto estejam, na média Brasil, dentro de uma faixa determinada de -7% a 7%, respeitando a margem estabelecida pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços”, informou a diretoria. Qualquer alteração fora dessa faixa terá que ser autorizada pelo grupo, composto pelo presidente da estatal, Pedro Parente, e pelos diretores executivos.
Na avaliação do diretor da empresa Ivan Monteiro, a mudança “representa um novo marco na política de preços da companhia ao dar maior liberdade e margem de ação à área comercial, que terá liberdade para praticar, para cima ou para baixo, os reajustes”.
Na avaliação do diretor da área de refino e gás natural, Jorge Celestino, os ajustes que vinham sendo praticados, desde o anúncio da nova política em outubro do ano passado, não vinham sendo suficientes para acompanhar a volatilidade crescente da taxa de câmbio e das cotações de petróleo e derivados no mercado externo.
No entendimento da diretoria da estatal, com a revisão anunciada, a nova política de preços aprovada permitirá maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilitará à companhia competir de maneira mais ágil e eficiente, recuperando parte do mercado que vinha perdendo para os derivados importados.
Os princípios da política de preços, aprovada em outubro do ano passado, permanecem inalterados, levando em consideração o preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, impostos e o nível de participação no mercado.