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Dilma quer reequilíbrio fiscal com metas realistas e factíveis

Na posse dos novos ministros da Fazenda e do Planejamento, a presidente afirmou que a mudança na equipe econômica não interfere nos objetivos de longo prazo do governo

Fonte: José Cruz/Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, dia 21, que equilíbrio fiscal e crescimento econômico podem caminhar juntos, durante posse dos novos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Planejamento, Valdir Simão. Para a nova equipe econômica, a presidente deu três orientações: “trabalhar com metas realistas e factíveis para construir credibilidade, atuar para estabilizar e reduzir consistentemente a dívida pública e fazer o que for preciso para retomar o crescimento sem guinadas e mudanças bruscas, num ambiente de estabilidade e previsibilidade”.

Durante o pronunciamento de 15 minutos, a presidente falou que o país já avançou muito no reequilíbrio econômico e agradeceu o trabalho e a dedicação de Joaquim Levy, que deixa a Fazenda após um ano turbulento para a economia e para sua gestão à frente da pasta.

Dilma ainda afirmou que a mudança na equipe econômica não interfere nos objetivos de longo prazo do governo, e salientou como prioridades as reformas do ICMS, PIS e Cofins e da Previdência. Para isso, a presidente foi enfática ao afirmar que conta com o “apoio do Congresso”, ao qual elogiou e agradeceu a parceria ao longo de 2015, por diversos momentos durante a cerimônia.

Ao transmitir o cargo ao seu sucessor, Joaquim Levy se mostrou sorridente e satisfeito com o trabalho. Ele afirmou que foi “um desafio restabelecer ideias e práticas econômicas já esquecidas, principalmente em um ambiente político difícil”. E se disse otimista com 2016: “vai ser um ano de boas surpresas, superação e união”.

Já Nelson Barbosa voltou a afirmar que o problema do Brasil é interno – é fiscal e não cambial, e que é preciso controlar a inflação com urgência. Para isso, o país não poderá reduzir a receita, mas deve aprimorar a arrecadação. Barbosa se refere à aprovação da CPMF pelo Congresso e também à reforma previdenciária, cuja proposta ele pretende finalizar ainda no primeiro semestre de 2016.

Os três pronunciamentos – da presidente Dilma, de Levy e de Barbosa – tiveram o  tom de aproximação e parceria com o Congresso Nacional. Agradecimentos e elogios à atuação dos deputados em um momento decisivo para o governo, com a possibilidade de um impeachment.

Equipe

Logo após a cerimônia de transmissão de cargo, o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou a equipe que vai trabalhar com ele.

Para a Secretaria do Tesouro Nacional, ele chamou Otávio Ladeira de Medeiros, servidor do quadro e atual subsecretário de Planejamento e Estatísticas Fiscais do órgão. Segundo Barbosa, o atual secretário do Tesouro, Marcelo Saintive, já havia manifestado interesse em sair.

Barbosa convidou Dyogo Henrique Oliveira para a Secretaria Executiva do ministério, em substituição a Tarcísio Godoy, e Fabrício da Soller para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, no lugar de Paulo Roberto Riscado Júnior.

O economista Manoel Pires assume a Secretaria de Política Econômica no lugar de Afonso Arinos Neto. “Um dos melhores economistas que eu conheço, trabalha comigo há muito tempo”, disse Barbosa sobre Pires.

Outros integrantes da equipe ministerial, no entanto, vão continuar. Os secretários de Acompanhamento Econômico, Paulo Guilherme Corrêa; da Receita Federal, Jorge Rachid, e de Assuntos Internacionais, Luis Antônio Balduíno, atenderam a um pedido de Barbosa e permanecem nos cargos.

 

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