Disponibilidade de água pode colocar o Brasil em posição de protagonismo mundial

É o que avalia o presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Marcos Troyjo

O Brasil tem potencial para ser protagonista na manutenção da segurança alimentar mundial. E isso por causa da disponibilidade de água que o país possui. A avaliação é do presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (o Banco dos Brics), Marcos Troyjo.

A afirmação de Troyjo sobre o tema foi feita durante o painel “Da COP 26 à COP 27: o Brasil e o agro sustentável no século XXI”, realizado na manhã de quarta-feira (24) como parte da edição de Brasília da série “Seminários Inovação e Sustentabilidade no Cooperativismo”. O evento foi realizado pelo Canal Rural em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

“O Brasil não tem esses problemas [de recursos hídricos]”, declarou Troyjo a respeito de algo que passou a ser uma questão a ser enfrentada por outros países. “Por que a China importa tanta soja e produz localmente tanto milho? Porque você utiliza cerca de um quarto do montante de água para produzir uma tonelada de milho em comparação com uma tonelada de soja”, exemplificou o executivo do Banco dos Brics.

“Precisamos construir a infraestrutura para fazer o uso inteligente e sustentável dessa vantagem que Deus nos deu” — Marcos Troyjo

Com base nesse exemplo, Troyjo avalia que o Brasil tende a ganhar mais protagonismo no mercado internacional. “É um ‘Vale da Água’. Talvez o país tenha o principal insumo para a segurança alimentar do mundo nos próximos 50 anos, e nós precisamos construir a infraestrutura para fazer o uso inteligente e sustentável dessa vantagem que Deus nos deu.”

Autoridades prestigiaram o evento

Seminário
Foto: Canal Rural/divulgação

O presidente do Banco dos Brics não foi a única autoridade presente na edição de Brasília do encontro promovido por Canal Rural e OCB. A diretora de Produção Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fabiana Villa Alves também compareceu ao seminário, assim com o embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto e os ministros Marcos Montes (Mapa) e Joaquim Leite (Meio Ambiente).

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