Dos 55 terminais do Porto de Santos, dois seguem com as atividades paralisadas devido ao incêndio que atingiu um terminal portuário de Guarujá, à margem esquerda do Porto de Santos, na tarde desta quinta, dia 14. O fogo está controlado e existem apenas pequenos focos. Em Guarujá, 75 pessoas deram entrada em hospitais; em Santos, foram 26.
No momento, os bombeiros trabalham para apagar o fogo de 25 contêineres. Para conter a fumaça, os profissionais mergulham os contêineres em uma solução dentro de carretas.
O terminal que pegou fogo é da empresa Localfrio e está fechado e sem funcionários. No terminal ao lado, da empresa Santos Brasil, apenas guardas de segurança estão no local. Estava prevista a atracação de navios hoje e também no sábado, dia 16, e no domingo, dia 17. A empresa aguarda a liberação das autoridades para reativar as atividades operacionais. Ainda não há dados de prejuízos.
O Porto de Santos opera normalmente, tanto para passageiros quanto para cargas. Apenas o acesso rodoviário pela margem esquerda do Guarujá, que dá acesso a oito terminais, está interditada para a passagem dos carro do corpo de Bombeiros. A Capitania dos Portos acredita que a reabertura dos terminais só será possível após o total controle da fumaça. Ainda não há previsão de quando isso vai acontecer.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) está trabalhando no local para fazer a análise da água e da atmosfera. As equipes estão divididas em três: emergência química, qualidade de água e qualidade de ar. O Exército Brasileiro e a Marinha estão enviando dois equipamentos para auxiliar na identificação da composição química da fumaça. A partir deste trabalho, ficará mais fácil saber os danos ao meio ambiente e também para a população.
A Polícia Civil já instaurou um inquérito para apurar os danos civis e coletivos.
Riscos
A orientação dos bombeiros à população é que evitem contato com a fumaça tóxica liberada pelo incêndio. Em caso de tontura, náusea ou ardência nos olhos e vias nasais, é preciso procurar imediatamente o serviço de saúde.
Próximo ao terminal, uma nuvem de vapores domina o ambiente e preocupa os moradores. Marcos Santos Ferreira, gerente de um posto de gasolina em frente ao terminal, disse que ontem os comerciantes fecharam as portas mais cedo.