O dólar comercial encerrou em queda de 1,70%, a R$ 3,8110 na venda, diante do otimismo dos investidores com sinalizações dadas por membros do novo governo em relação a reformas e privatizações de estatais, o que fez com que o real descolasse do movimento de maior aversão ao risco visto hoje no exterior.
“Os discursos do governo e a preocupação demonstrada em aprovar a reforma da Previdência logo estão levando os investidores a apostar novamente no Brasil”, disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
Em seu discurso de posse o ministro da economia, Paulo Guedes, reiterou a necessidade de reduzir gastos do governo e de reformas. Já o ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque, sinalizou que dará continuidade à privatização da Eletrobras.
Além disso, o presidente nacional do PSL, o deputado federal eleito Luciano Bivar, se reuniu com o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) hoje para fechar o apoio da bancada à reeleição dele para o comando da Câmara, o que também ajudou a animar o mercado, já que acredita que a experiência de Maia pode ajudar na tramitação de reformas.
Para Galhardo, caso o otimismo permaneça, o dólar pode caminhar em direção ao patamar de R$ 3,75, faixa que era prevista que a moeda pudesse atingir com a vitória de Jair Bolsonaro, o que não ocorreu. Porém, não descarta que o cenário externo possa voltar a trazer alguma preocupação.
Hoje, o dia foi negativo no exterior após dados mais fracos do que o esperado da economia chinesa e ainda permanecem incertezas em torno da guerra comercial e do orçamento norte-americano.