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CÂMBIO

Dólar comercial fecha em queda, mas China e EUA seguem no radar

Na semana, a moeda teve valorização de 1,25%

O dólar comercial fechou em queda de 0,28% nesta sexta-feira (18), cotado a R$ 4,9673.

O ambiente global, contudo, segue conturbado com preocupações que envolvem a China e, especialmente, os Estados Unidos. Na semana, a moeda teve valorização de 1,25%.

Segundo o economista-chefe G5 Partners, Luis Otávio Leal, “caiu a ficha” do mercado que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) terá de manter as taxas altas por mais tempo, e que este problema não será resolvido “de uma hora pra outra”.

Leal avalia que a China dificilmente voltará a atingir o crescimento anual de 5%, e que o patamar entre 3 e 4% é algo mais plausível daqui para frente: “O mercado está incorporando que a China não será mais a salvadora da pátria, o motor da economia global”, afirma.

Para o economista da Nova Futura Investimentos Nicolas Borsoi, “o driver da semana foi a dinâmica dos juros lá fora, mais do que a China. O mercado se deu conta que vai haver alguma escassez de liquidez”.

Borsoi entende que o tripé de solidez econômica dos Estados Unidos, redução do balanço do Fed e a necessidade do Tesouro norte-americano de recompor seu caixa está afetando a percepção sobre a curva longa de juros e gerando maior aversão ao risco.

Sobre a desaceleração da economia chinesa, Borsoi entende que “todo mundo aprendeu a se alavancar em cima do crescimento da China”, e que a dificuldade de uma retomada da economia global está intimamente ligada ao desempenho do país asiático.

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