O relatório Focus, do Banco Central, estima que a taxa de câmbio fique em R$ 5,35 para o fim de 2021. Além disso, o BC aumentou a estimativa da Selic de 5% para 5,25%. Essa foi a primeira alteração em três semanas.
Para o economista Roberto Troster, devido à volatilidade do dólar, é difícil fazer projeções para a moeda norte-americana. No entanto, ele aposta em uma taxa menor para o câmbio. “Os fundamentos do mercado mostram o dólar abaixo de R$ 5. Temos um déficit de transações correntes como o cálculo da balança comercial menos a balança de serviços”, diz.
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Além da volatilidade da moeda, Troster fala em uma desestrutura cambial, que pode dar novo suporte para valorizações do dólar. “O valor pode ir a R$ 6, mas não há certeza se ele se manterá neste patamar”, ressalta.
Ainda segundo o economista, outros fatores favorecem para a escalada das cotações do dólar. Ele cita, como exemplo, o cenário de incertezas políticas e econômicas.
“Essas incertezas têm um peso importante para o mercado. Estamos discutindo vacinas e orçamento, coisas que já deveriam ter sido resolvidas. O orçamento foi encaminhado em agosto do ano passado, portanto, não faz sentido ainda não termos definição sobre isso’’, finaliza Troster.
