O dólar comercial fechou esta sexta-feira, dia 1º, em alta de 0,10%, negociado a R$ 3,6630 para venda. De acordo com a Safras & Mercado, a moeda reagiu aos dados de emprego dos Estados Unidos, em dia marcado pela volta das atividades do Congresso Nacional, com a posse dos deputados e senadores eleitos e reeleitos. Na semana, o dólar acumulou queda de 2,86%.
Na segunda parte dos negócios, após exibir forte volatilidade, a moeda firmou alta enquanto o mercado doméstico aguarda a eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.
O economista da Guide Investimentos, Victor Cândido, avalia que as possíveis vitórias de Rodrigo Maia (Câmara) e Renan Calheiros (Senado) devem impulsionar a votação de pautas estruturantes que o governo de Jair Bolsonaro irá propor para o parlamento. “Maia já um apoiador público de diversas ideias e propostas que Paulo Guedes [ministro da Economia] e equipe vem falando. Já Renan, disse que irá apoiar as propostas de cunho liberal, mesmo não tendo afinidade histórica com tal tipo de pauta”, avalia.
Na semana que vem, o destaque fica para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que marca o último encontro da gestão de Ilan Goldfajn na instituição.
A aposta do mercado é de que a taxa básica de juros (Selic) se mantenha em 6,5% ao ano pela sétima vez seguida ainda no piso histórico.
Para o operador da Advanced, Alessandro Faganello, o “norte” do mercado doméstico, com a agenda de indicadores dos Estados Unidos sem dados relevantes na segunda-feira, deverá repercutir a nova composição da presidência e da Mesa Diretora da Câmara e do Senado. “São definições importantes para dar um direcionamento de como será o processo de votação da reforma da Previdência”, diz.