A moeda norte-americana consolidou a alta no decorrer da tarde desta segunda-feira, dia 12, até o final da sessão, como reflexo da cautela dos investidores em virtude dos desdobramentos da crise política nacional. Paralelamente, a expectativa de aumento nos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), nesta semana, fortaleceu o dólar ao redor do mundo e colaborou para fixar a elevação no Brasil.
O dólar comercial fechou o pregão em alta de 0,63%, a R$ 3,312 para venda, valor que supera o patamar de R$ 3,30 antes estabelecido pelo mercado como uma cotação aceitável para atravessar a instabilidade do governo. Durante o dia, houve oscilação entre a mínima de R$ 3,2780 (-0,39%) e a máxima de R$ 3,3280 (+1,12%).
“Notícias dando conta da oficialização da delação do ex-ministro Antonio Palocci, que poderia trazer novos atores importantes do sistema financeiro nacional no foco da Lava a Jato, acabaram fazendo preço”, afirma o analista de câmbio da Correpart Jefferson Rugik.
Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, houve um movimento combinado entre as operações nos mercados interno e externo de câmbio, motivado por uma precificação da elevação de juros americanos. “A reação do dólar internacional teve um gráfico bem parecido com o pregão interno”, enfatiza. Com isso, estima-se que a tendência de alta deva seguir pelos próximos dias, acrescenta o analista de câmbio da Ourominas, Carlos Mendonça.