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Dólar fecha em alta com revés do governo na reforma trabalhista

Elevação da cotação da moeda norte-americana foi intensificada com rejeição do texto do projeto por comissão do Senado

Fonte: Agência Brasil/Divulgação

A moeda norte-americana intensificou o viés de alta depois que o texto da reforma trabalhista foi rejeitado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) no Senado e permaneceu elevada até o fechamento. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o câmbio já tinha um tom positivo vindo da fraqueza nos preços do petróleo e, para esta quarta-feira, dia 21, a tendência é correção nas posições. 

Neste contexto, o dólar comercial encerrou a sessão com avanço de 1,27%, a R$ 3,331. Ao longo do dia, a cotação tocou a máxima de R$ 3,3450 (+1,70%) – a maior desde 19 de maio, dois dias após a eclosão da atual crise política. 

A mínima ficou em R$ 3,297 (+0,24%) e os contratos futuros para julho, na mesma linha do mercado à vista, subiu 1,33%, a R$ 3,336,5. 

O economista da BGC Liquidez Alfredo Barbutti afirma que a derrota do governo na CAS, por 10 votos contrários a 9 favoráveis, é um sinal ruim não para a reforma trabalhista, mas para a da Previdência, cuja aprovação necessita de apoio de dois terços do Seando. “O problema na CAS agravou uma trajetória no câmbio que já existia”, enfatiza o especialista. 

Segundo ele, todos os emergentes têm sofrido no rali de moedas internacionais por conta da queda nos preços do petróleo. O movimento deve se manter até que os dados sobre estoque do combustível fóssil sejam divulgados, nesta quarta.  

O responsável pelo setor de análise de câmbio da Walpires Corretora, Fúlvio Andrade, lembra que qualquer notícia negativa relacionada à política interna pode influenciar a abertura da próxima sessão. Caso nada ocorra, a expectativa é que o dólar comece o dia com uma pequena correção.

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