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Dólar fecha com alta superior a 1% e chega ao maior valor desde maio

O mercado adota uma postura cautelosa diante da crescente onda de casos de coronavírus na Europa e Estados Unidos

Dólar
Foto: Pixabay

O dólar comercial fechou em alta de 1,24% no mercado à vista, cotado a R$ 5,6830 para venda, no maior valor de fechamento desde 20 de maio – R$ 5,6840 – reagindo ao ambiente de cautela em meio à contínua onda de contaminação de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos. Além disso, o impasse em relação às tratativas de um novo pacote de estímulo fiscal norte-americano às vésperas da eleição presidencial no país eleva a busca por proteção.

“O desconforto dos investidores frente à alarmante situação da covid-19 pelo mundo, além dos impasses nas negociações sobre o pacote de estímulos fiscais no Congresso norte-americano, manteve os investidores avessos ao risco”, comenta o analista da de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho.

Ele acrescenta que, no mercado doméstico, o recrudescimento das incertezas fiscais em relação ao teto de gastos do governo, estimulou o investidor a fortalecer a busca pela moeda estrangeira, o que levou o real a operar escolado das demais divisas.

Nesta quarta, 27, o destaque na agenda de indicadores fica para a decisão de política monetária do Banco Central (BC), no qual a aposta de manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 2,00% – pela segunda reunião seguida – é unânime. O analista da Toro Investimentos, Daniel Herrera, destaca que o mercado ficará atento ao comunicado em busca de sinais sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) a partir de 2021.

“A gente sabe que a taxa não deve subir agora. Porém, a atenção fica aos sinais sobre a condução monetária nas próximas reuniões. O mercado já começa a fazer leitura de altas no curto prazo”, reforça.