O dólar comercial fechou em alta de 0,43% nesta terça-feira (15), cotado a R$ 4,9867. A moeda refletiu, ao longo da sessão, as dificuldades da economia chinesa em voltar a crescer consistentemente.
De acordo com o sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, o câmbio está pressionado por fatores externos, e que a desaceleração da China impacta diretamente o desempenho do real, com saída de dólar do país.
Nagem, contudo, acredita que a queda do real é exagerada, e que o mercado enxerga este movimento com cautela.
Segundo o analista da Potenza Investimentos Bruno Komura, “os juros e o câmbio parecem que ainda refletem o sentimento negativo vindo da China”.
Para Komura, a grande injeção de dinheiro na economia dos Estados Unidos faz com que ainda exista muito dinheiro na poupança, “o que dificulta o trabalho do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano)”.
O varejo nos Estados Unidos subiu 0,7% em julho ante projeções de +0,4%).
Komura pontua que, assim como ontem, a China vem apresentando constantes resultados decepcionantes, o que afeta diretamente o dólar.
Na China, a produção industrial avançou, em julho, 3,7% (consenso de +4,3%), enquanto as vendas no varejo subiram 2,5% (consenso de +4,0%) e os ativos fixos avançaram 3,4% (consenso de +3,7%).
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