O dólar comercial fechou em alta de 0,16%, cotado a R$ 4,905, nesta quarta-feira (9).
A moeda, que apresentou volatilidade ao longo da sessão, refletiu as incertezas que envolvem a China e, especialmente, os Estados Unidos.
Segundo o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi,”o momento é difícil para o câmbio, já que está todo mundo sem convicção do que fazer. O mais natural seria o dólar flutuar entre R$ 4,70 e R$ 4,90″.
Borsoi afirma que o mercado tenta entender quais serão os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), e que a inflação norte-americana, que será divulgada nesta quinta-feira (10), pode ser um bom indicativo.
Embora os fatores sejam globais, Borsoi acredita que no final das contas o real pode decepcionar por não ter aproveitado o bom momento doméstico, e que a economia brasileira mostra sinais de desaceleração.
Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o que pesa para o real é que as commodities caíram nos últimos dias. Do final de julho para cá, o minério de ferro recuou 10% e a soja caiu 11%”.
Weigt entende que o driver desta quarta, assim como nas últimas sessões, é a China, e que a inflação nos Estados Unidos deve balizar o câmbio nos próximos dias.
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