Por volta das 15h a moeda norte-americana descia 1,53%, cotada a R$ 2,692 na compra e R$ 2,693 na venda. Ontem, ela fechou o dia com valorização de 1,29%, acumulando avanço de 3,36% nos quatro pregões passados.
O mercado aguarda o resultado da reunião do Fed na expectativa de que ele sinalize quando elevará a taxa de juros dos Estados Unidos, atualmente entre zero e 0,25%. Especificamente, os investidores querem saber se a autoridade monetária retirará do comunicado com a decisão a frase “período considerável de tempo” para definir quanto tempo os juros permanecerão baixos.
A decisão está marcada para sair às 17h. O mercado também ficará de olho nas declarações da presidente do Fed, Janet Yellen, que concederá uma entrevista coletiva a partir das 17h30min.
No Brasil, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reafirmou em encontro com jornalistas que a instituição está definindo os parâmetros para as operações de intervenção no mercado, cujo objetivo é conter a alta do dólar, em 2015.
O mercado continua reagindo às notícias vindas da Rússia, depois que o banco central decidiu ontem elevar a taxa de juros a 17%, gerando um clima de aversão a riscos que afetou uma série de emergentes, como o Brasil.
Soja e milho
A cotação elevada do dólar levou os contratos da soja para entrega em maio de 2015 a fecharem ontem, dia 16, em R$ 68,50 no porto de Rio Grande (RS). No mercado físico, em Passo Fundo (RS) a saca de 60 quilos seguiu em R$ 67,50. Na região das Missões, o preço ficou em R$ 67,00 a saca. No porto de Rio Grande, as cotações subiram de R$ 69,50 para R$ 70,00.
O milho também se beneficiou com a alta do dólar. Na BM&F, os contratos para março de 2015 fecharam a R$ 32,07. No mercado disponível de milho, no porto de Paranaguá o preço ficou inalterado, a R$ 30/31,00 a saca. No Porto de Santos, o preço esteve também a R$ 30/31,00 a saca. No estado do Paraná, a cotação comprador/vendedor em Cascavel ficou a R$ 25/26,00. Em São Paulo, o preço ficou em R$ 25/26,00, na Mogiana. Em Campinas CIF, cotação a R$ 29/29,50.
Segundo o analista da Consultoria Safras&Mercado Luiz Fernando Gutierrez, o movimento encorajou os produtores, que estavam retraídos, a voltar ao mercado e negociar a safra disponível. A tendência é de que esse movimento se mantenha.
– O dólar deve seguir em alta, então é possível que haja preços melhores do que hoje. O produtor deve ir escalonando – disse.
No entanto, há quem esteja esperando uma cotação maior para negociar. José Sismeiro, presidente da Aprosoja/PR e produtor rural, quer aproveitar o momento do dólar, junto com a expectativa que até março do ano que vem o preço do milho vai melhorar.
– Com a alta do dólar, as exportações estão de vento em poupa e [tem] a lei da oferta e da procura – disse ele.